‘LCD – Tecnologia de cristais Líquidos’


 

1.Resumo

2.Introdução

3.Evolução histórica

4.Materiais utilizados

5.Funcionamento

6.Aplicações

7.Vantagens e Desvantagens

8.LCD – Que futuro?

9.De que forma revolucionou o mercado

10.Bibliografia

 

 

1.Resumo

 

Este trabalho visa efectuar uma abordagem, com algum pormenor, sobre uma das principais facetas da indústria da electrónica nos dias de hoje: a tecnologia de cristais líquidos.

Começamos por considerar a evolução histórica do LCD, uma tecnologia relativamente recente, mas já bastante evoluída.

Por outro lado, além de uma descrição sobre o que está na base do funcionamento desta tecnologia e das topologias abordadas no fabrico dos produtos que dela derivam, procuramos também evidenciar os principais aspectos que a destacam das demais existentes no mercado.

Em última análise abordaremos as perspectivas futuras da tecnologia LCD e possíveis evoluções da mesma. Isto, para além de apresentarmos uma outra tecnologia que poderá vir a ser a sucessora do LCD, a tecnologia OLED.

 

2.Introdução

 

Várias foram as tecnologias desenvolvidas ao longo destes últimos anos, que se pretenderam afirmar no mercado como soluções alternativas aos dispositivos CRT (Tubo de Raios Catódicos). O objectivo principal centrava-se em oferecer equipamentos mais compactos e mais eficientes do ponto de vista do consumo de energia.

            Tecnologias como o LED (Light Emitting Diode), PDP (Plasma Display), FED (Field Emission Display), EL (Electroluminescent Panel), DMD (Digital Micromirror Device) e VFD (Vacuum Fluorescent Display) pretendiam alcançar esse objectivo mas, no entanto, o LCD (Liquid Crystal Display) foi o que se mostrou mais eficiente, para a maior parte das aplicações a que se destinava.

As aplicações em LCD podem ser vistas como a parte mais recente da evolução da interface das comunicações, que começou com a pictografia ancestral e a invenção da escrita e culminou, nos dias de hoje, com o surgimento da imagem.

            Actualmente, esta tecnologia deixou de ser usada somente nos computadores portáteis - limitados em termos de espaço, peso e consumo de energia - para passar a ser parte integrante dos computadores de secretária, onde até então apenas se usava CRT.

 

3.Evolução histórica

 

Descoberto em 1888 pelo botânico austríaco Freidrich Reinitzer, o cristal líquido é uma substância cujas moléculas podem ser alinhadas quando sujeitas a um campo eléctrico, algo semelhante ao que acontece com fragmentos de metal quando se aproximam de um íman.

Cerca de uma década depois, quando ainda decorriam os estudos sobre cristais líquidos, surge aquele que mais tarde virá a ser substituído pelo LCD, o CRT.

Em 1963, Richard Williams e George Heilmeier sugeriram o uso de cristais líquidos no fabrico de um display, o que veio a suceder 5 anos mais tarde, quando o grupo RCA produziu o primeiro LCD experimental.

 

Figura 1 – Primeiras aplicações usando a tecnologia com base em cristais líquidos.

 

 Durante a década de 70 começam a surgir as primeiras aplicações do LCD. É produzido o primeiro relógio que recorre a esta tecnologia (1972), por parte da International Liquid Crystal Company (ILIXCO), a Sharp inventa a primeira calculadora portátil com visor LCD (1973) e Walter Spear e Peter LeComber fabricam o primeiro display a cores (1979) usando tecnologia baseada em cristais líquidos.

Em 1985, a Seiko-Epson revela ao Mundo o primeiro aparelho de televisão com LCD a cores.

Recentemente, em 2005, a Samsung desenvolveu o maior (82”) sistema de televisão de alta definição (HDTV) usando tecnologia TFT-LCD.

 

4.Materiais utilizados

 

Um dos constituintes fundamentais do LCD é o cristal líquido. As moléculas de cristal líquido possuem a característica de poderem ser alinhadas, segundo uma dada direcção, quando sujeitas a campos eléctricos. Isto permite a passagem da luz, consoante o alinhamento dessas moléculas.

Esta propriedade dos cristais líquidos faz com que estes sejam utilizados no fabrico de diversos tipos de ecrãs.

 

Figura 2 – Moléculas de cristais líquidos.

 

5.Funcionamento

 

Os monitores do tipo LCD não possuem um tubo de raios catódicos (CRT) mas sim tecnologia LED ou uma fonte de luz fluorescente denominada backlight.

            De uma forma geral, esta tecnologia baseia-se em produzir imagens sobre uma superfície plana composta por cristal líquido e filtros coloridos. Duas superfícies com filtros polarizados, que podem ser encarados como um conjunto de fios muito finos paralelos, controlam os raios de luz que passam através das moléculas de cristal líquido. As linhas de um dos filtros são dispostas perpendicularmente às linhas do outro filtro, e as moléculas entre as duas superfícies são forçadas a um estado torcido, direccionando os raios de luz da mesma forma.

Assim, quando não há nenhum campo eléctrico aplicado às moléculas, a direcção do raio de luz vai-se alterando à medida que passa pelo cristal até encontrar a segunda superfície, cuja direcção das ranhuras coincidirá com a do raio de luz.

Se um campo for aplicado ao cristal, as moléculas dispõem-se verticalmente, fazendo com que os raios de luz percorram o intervalo sem alterar a sua direcção, até encontrarem a segunda superfície que bloqueará os raios.

Podemos referir, de um modo simplificado, que a ausência de um campo aplicado é sinónimo de passagem de luz. Por sua vez, quando aplicamos uma tensão esta luz será bloqueada.

Uma fonte de luz fluorescente, identificada geralmente pelo termo backlight, é responsável pela emissão dos raios que são alinhados pelos filtros polarizados. A luz direccionada passa, então, pela camada contendo milhares de bolhas de cristal líquido arranjadas em pequenas células que, por sua vez, estão dispostas em linhas na tela. Uma ou mais células formam um pixel no monitor.

 

tft lcd monitor structure 2

Figura 3 – Esquema de funcionamento do LCD.

Em ecrãs LCD policromáticas, cada pixel é formado por três células de cristal líquido. Cada uma delas, filtrada por filtros vermelho, verde ou azul. Ao passar por essas células filtradas, a luz produz as cores que são vistas nas telas LCD.

A área à volta do pixel, já colorido, é colocada a preto, aumentando assim o contraste. Por sua vez, a luz passa ainda por um polarizador, para aumentar a nitidez e intensidade do pixel.

Existem dois principais tipos de telas de cristais líquidos: matriz passiva e matriz activa (TFT - Thin-Film Transistor).

            Na tecnologia de matriz passiva, a tela consiste numa matriz de fios horizontais e verticais. A intersecção dos fios define um pixel, e a corrente que controla os pixels é enviada através desses fios.

Figura 4 – Representação da matriz passiva [3].

 

Para determinar o nível de brilho de cada pixel, aplica-se uma carga eléctrica para que o cristal se realinhe e altere a direcção do raio de luz. O processo é repetido sequencialmente por linha, desde a parte superior da tela até à inferior. Para cada linha da matriz de pixels, a corrente apropriada flui pelas colunas até à linha seleccionada, para que o cristal seja alinhado na direcção desejada.

            O cristal líquido usado nesta solução apresenta baixo tempo de resposta, ou seja, depois de as moléculas serem orientadas pela carga eléctrica, demoram algum tempo para retornar ao seu estado anterior, desalinhado. A resposta lenta do cristal faz com que cenas dinâmicas não sejam muito nítidas, facto que desaconselha o uso da matriz passiva, por exemplo, em jogos e filmes.

            Por outro lado, o endereçamento usado pelos monitores de matriz passiva também é responsável por um outro efeito indesejável: quando um pixel é activado, pode haver alguma influência sobre os pixels vizinhos na mesma linha e coluna. Esse efeito é conhecido por crosstalk, um distúrbio causado por campos eléctricos que afectam circuitos ou sinais adjacentes, afectando directamente a aparência dos pixels próximos. Uma solução encontrada pelos fabricantes para reduzir esse problema foi dividir a tela numa metade inferior e outra superior, de modo a fazer o varrimento em cada uma delas independentemente. Este tipo de tela é chamada de DSTN (Dual Scan Twisted Nematic). Alguns modelos ainda contam com um recurso extra, que faz um endereçamento simultâneo de duas linhas.

No caso do TFT, este faz uso de transístores em cada pixel que permitem que estes sejam controlados individualmente, podendo ser activados ou desactivados de forma independente. Deste modo, é possível visualizar o movimento nas imagens de forma mais rápida, pois é garantido que a imagem de um pixel não irá afectar a imagem do pixel vizinho.

Figura 5 – Representação da matriz activa [3].

 

A desvantagem deste método apresenta-se como sendo a maior complexidade existente no processo de fabrico, essencialmente devido à grande quantidade de transístores que é utilizada. Como o LCD é geralmente construído sobre um único substrato, por razões de custo, o grau de atenção no processo de fabrico deve ser muito alto. Apenas para efeitos de comparação, um substrato com quatro painéis de resolução de 800 por 600 pontos usa cerca de 5,8 milhões de transístores, mais do que o volume usado pelo processador Pentium.

Os LCD são classificados como transmissivos ou reflexivos, dependendo da posição da sua fonte de luz. Um LCD transmissivo é iluminado por uma fonte de luz clara da parte traseira e visto da parte dianteira. Tais LCD são usados em aplicações onde se requerem níveis luminosos elevados, como sejam o computador, PDA’s, televisões e telefones móveis.

Por outro lado, os LCD reflexivos, encontrados geralmente em mostradores digitais dos relógios e das calculadoras, são iluminados por uma luz externa que, por sua vez, é reflectida para trás por um reflector, situado atrás da exposição. Em termos de consumo de potência, os LCD reflexivos, devido à ausência de uma fonte clara artificial, são mais eficientes do que os transmissivos.

Actualmente existem ecrãs de LCD, que combinam as características básicas de cada uma das implementações. São denominados Transflective LCD e operam tanto em modo transmissivo como reflexivo, dependendo da luminosidade do ambiente em que estão inseridos.

 

6.Aplicações

 

As primeiras aplicações a fazerem uso da tecnologia LCD remontam a meados dos anos 70. Tratavam-se, sobretudo, de visores de calculadoras e de relógios digitais. Só na década de 80 se passou a aplicar o LCD - na altura em plena evolução – aos aparelhos de televisão.

Actualmente, para além de se continuarem a desenvolver aparelhos de televisão com base nesta tecnologia, apresentando crescentes melhorias de qualidade, também cada vez mais os fabricantes de monitores de computador recorrem a telas de LCD. Isto sucede, pois a tecnologia LCD permite a exibição de imagens monocromáticas ou coloridas e animações em praticamente qualquer dispositivo, sem a necessidade de um tubo de raios catódicos. Aliás, desde sempre que os notebooks usam LCD nos seus ecrãs, responsável em grande parte pelas suas reduzidas dimensões.

No entanto, o LCD não se limita a ser usada no fabrico de monitores para computador. É possível encontrar no mercado dispositivos como relógios de pulso e de parede, consolas portáteis, câmaras digitais, telemóveis, calculadoras, leitores multimédia e muitos outros gadgets em que o ecrã é um dos componentes principais, e que fazem uso da tecnologia de cristais líquidos.

 

Figura 4 – Exemplos de aplicações da tecnologia LCD.

 

7.Vantagens e Desvantagens

 

Nos dias de hoje, onde a tecnologia evolui a um ritmo sem precedentes, as exigências dos utilizadores crescem quase na mesma proporção. É cada vez maior a necessidade que o ser humano tem de se ver rodeado de tecnologia que lhe facilite, de certa forma, o seu dia-a-dia.

No que diz respeito à tecnologia LCD, de referir que esta apresenta enormes virtudes relativamente aos seus antecessores. Contudo, não deixa de ter ainda algumas limitações que, porventura, evitarão a sua maior disseminação.

O facto dos monitores LCD terem uma tela realmente plana elimina as distorções das imagens verificadas nas telas que têm uma certa curvatura (por mais pequena que seja), como é o caso nos monitores CRT. Esta vantagem assume um peso importante na componente visual do produto, uma vez que interage directamente com o sistema visual humano, apresentando-se como uma tecnologia apelativa.

            Outra vantagem é a menor ocupação de espaço e peso que o monitor LCD possui nas várias aplicações desenvolvidas nesta área, possibilitando deste modo a evolução tecnológica no aspecto móvel dos vários aparelhos que utilizam esta tecnologia.

            Devido ao crescente número de horas que os utilizadores passam em frente dos monitores de computador, uma vantagem importante trata-se do facto dos ecrãs LCD cansarem menos a vista em comparação com outras tecnologias.

            Hoje em dia, onde tanto se ouve falar, até mesmo a nível político, da poluição crescente em todo o mundo e se refere as energias renováveis como modo de combater este grave problema mundial, é uma vantagem enorme sabermos que os monitores LCD consomem bastante menos energia que os CRT.

            Por outro lado, diversos são os estudos efectuados com o objectivo de evidenciar os efeitos nocivos da radiação emitida quer pelos telemóveis, quer por outros aparelhos electrónicos. Assim sendo, é bom referir que os monitores LCD emitem muito pouca radiação ou até mesmo nenhuma radiação prejudicial ao ser humano.

            À medida que o utilizador dá cada vez mais importância ao tamanho da imagem, visando sempre uma imersão na cena, os monitores LCD possibilitam tal experiência, apresentando uma maior área de exibição. O mesmo não sucede nos monitores CRT já que a carcaça cobre as bordas do tubo de raios catódicos.

            Como em qualquer tipo de tecnologia em desenvolvimento, nem tudo são vantagens. Existem sempre os contras e os monitores LCD não fogem à regra.

            A principal tem a ver com a dificuldade em produzir monitores LCD perfeitos, dado o número elevado de transístores incorporados (mais do que o volume usado pelo processador Pentium).

É verdade que os utilizadores cada vez mais procuram uma melhor qualidade de serviço, porém o custo do equipamento tem um papel preponderante na escolha de qualquer produto. Os monitores LCD são bem mais caros que os monitores CRT, o que pode fazer pesar na decisão.

            Por outro lado, os monitores LCD apresentam um menor contraste relativamente aos monitores CRT, tendo como consequência uma degradação visual provocada ao sistema visual humano. Esta representa outra desvantagem dos LCD.

            Os ecrãs LCD apresentam um ângulo de visão limitado, embora isso suceda, sobretudo, em modelos mais antigos e, portanto, qualquer desvio de visão causa distorção nas cores e na imagem.

            Finalmente, para além das desvantagens já referidas, há ainda o facto de os monitores LCD poderem apresentar pixels que não funcionam convenientemente, isto é, não mudam de cor (os chamados “dead pixels”). Todavia, isso é cada vez menos frequente nos equipamentos actuais.

 

Figura 5 – Tecnologia CRT vs tecnologia LCD.

 

8.LCD – Que futuro?

 

Actualmente, o LCD é, sem sombra de dúvidas, a tecnologia mais escolhida para ecrãs planos.

Com as recentes descobertas de novas classes de materiais usadas no fabrico do LCD com propriedades melhores que as actuais, o futuro apresenta-se risonho. Os avanços na investigação prendem-se sobretudo com o estudo e desenvolvimento de cristais líquidos com auto-alinhamento, que poderão num futuro próximo vir a constituir a base de qualquer dispositivo LCD.

             Esta técnica, capaz de fazer com que os cristais líquidos se alinhem verticalmente de forma autónoma, tem aplicação num passo específico, chamado de “emborrachamento”, em que é utilizada uma película de polímero para criar o alinhamento dos cristais entre as duas camadas de vidro onde eles operam. No processo actual, a aplicação desta camada pode danificar alguns transístores e introduzir poeira no interior da tela, diminuindo o rendimento do processo produtivo. No entanto, a nova técnica descarta a etapa do “emborrachamento” e utiliza a fotopolimerização "in-situ" para criar uma matriz celular de gotas de cristal líquido, permitindo que durante o procedimento as moléculas se alinhem automaticamente. E, como os cristais líquidos ficam alinhados verticalmente, o estado desligado dos pixels fica completamente escuro, ao contrário do que acontece actualmente nos LCDs que não conseguem obstruir completamente a backlight. É como resposta a este problema que poderá surgir o sucessor do LCD, a tecnologia denominada por OLED (Optical Light Emitting Diode), actualmente em desenvolvimento, cuja principal característica é, precisamente poder emitir luz própria. Pelo que cada OLED, quando não polarizado, torna-se obscuro obtendo-se assim o "preto real".

Por outro lado, os ecrãs com tecnologia OLED podem ser visualizados de diversos ângulos (180º) e apresentam um contraste muito melhor (de 1000:1 contra 100:1 das telas LCD no escuro).

 

Figura 6 – Melhorias do OLED relativamente ao LCD.

 

9. De que forma revolucionou o mercado

A tecnologia LCD revolucionou o modo como a sociedade encara o quotidiano a todos os níveis. Permitiu a criação de telemóveis, calculadoras, computadores portáteis, consolas de jogos e outros dispositivos portáteis de fácil manuseamento, leves e sem grandes encargos para o utilizador. Representa uma evolução significativa na economia mundial, no modo como as empresas podem trabalhar ou agir perante o mercado. Por outro lado, permite originar novas empresas que utilizam a tecnologia LCD e dela depende a sua sobrevivência.

 

10.Bibliografia

 

[1] http://pt.wikipedia.org/wiki/LCD

 

[2] http://pt.wikipedia.org/wiki/Constitui%C%A7%C3%A3o_do_LCD

 

[3] http://paginas.terra.com.br/negocios/ineplast/prosystem/monitores_lcd.htm

 

[4]http://66.102.9.104/search?q=cache:KL2Ur4UkUiQJ:www.csun.edu/~vcact00f/311/termProjects/330class/LCD%2520Monitors.ppt+IS+311+Group+Presentation+LCD&hl=pt-PT&ct=clnk&cd=1&gl=pt

 

[5] G. Cianfrini, “Liquid Cristal Display Technology” [Online].

Available: www.ee.buffalo.edu/faculty/cartwright/teaching/ee494s99/presentations/LCD_Displays.PDF

 

[6] J. Nguyen, “History of LCD” [Online].

Available: www.ece.drexel.edu/courses/ECE-E443/LCD_Timeline.ppt

 

[7] G. Walker “LCD Types - The State-of-the-Art in Display Technology” [Online].

Available: www.pencomputing.com/frames/textblock_display_types.html

 

[8] http://www.tech-faq.com/lang/pt/lcd.shtml

 

 

   

 

 

 

 

 

 

 

Sérgio Paiva Nº 53628

Rúben Gomes Nº53645

Vikash Mukesh Nº53733

 

Instituto Superior Técnico

Av. Rovisco Pais, 1049-001 Lisboa, Portugal

E-mail: {nutz91,gomesruben6, vikash_mukesh }@hotmail.com