Mais de 100 países estão interessados no DVB-T para transmissão de Televisão Digital Terrestre. Alguns destes já têm o sistema em pleno funcionamento, como é o caso da Alemanha, Reino Unido, Suécia, Suíça, entre outros países de onde a sua maioria é Europeia.
Depois da realização da RCC-2006 (Conferência Regional de Radiocomunicação), vários países Europeus, Africanos e do Médio Oriente reuniram-se com o objectivo de criar um plano de frequência e acordos de coordenação para um ambiente totalmente digital baseado exclusivamente em DVB-T.
Portugal é um dos países que participa anualmente na RCC, e que actualmente é um adoptante formal desta tecnologia digital. Desde 1998 que se começou a falar da televisão digital terrestre em Portugal, nessa data foi lançado uma consulta pública com o tema “Introdução em Portugal da TV Digital Terrestre” em que basicamente se discutia as vantagens, os aspectos técnicos, a planificação de frequências e como deveria ser a introdução desta tecnologia no nosso Pais.

O plano de cobertura do DVB-T em Portugal está dividido em duas fases. Na primeira fase (ano de 2007) consiste numa cobertura SFN com 3 frequências nacionais em SFN (canais 60, 67, 69), com obrigação de cobertura geográfica, sendo 1 frequência para canais de televisão free-view (6 a 7 canais de televisão) e as outras 2 com conteúdo a definir pela entidade licenciada (free view, Pay-Tv ou mix permitindo 12 a 14 canais de TV). A estas frequências nacionais juntam-se 3 frequências no litoral (a mais de 100km da fronteira com Espanha) em SFN (canais 65, 66, 68), outras 2 com conteúdo a definir pela entidade licenciada (free view, Pay-Tv ou mix permitindo 18 a 24 canais de TV).
Na segunda fase (ano de 2011) será atribuída 3 frequências nacionais em MFN com conteúdo a definir pela entidade licenciada (free view, Pay-Tv ou mix permitindo 18 a 24 canais de TV). E também 1 frequência por distrito para televisão regional, permitindo 6 a 7 canais de TV por distrito.


Figura 7 – Ocupação espectral do DVB-T em Portugal

Durante vários anos o sistema analógico e digital vão coexistir para que a mudança seja progressiva e prevê-se que em 2012 já não exista transmissão de televisão analógica (figura 7 e tabela 1).


Tabela 1 – distribuição de frequências e canais paras as duas fases de aplicação do DVB-T em Portugal.