4. Acesso Condicionado

O acesso condicionado serve para limitar o acesso a conteúdos a clientes autorizados. A Figura seguinte representa os blocos funcionais do sistema de acesso condicionado utilizado no DVB:

Figura 4: Arquitectura de acesso condicionado

O sinal de vídeo antes de ser transmitido passa por um processo de "Scrambling" e "Encryption". Isto é, na fonte o sinal de vídeo é cifrado e misturado, por forma a que seja incompreensível a um descodificador que não conheça o segredo com que foi enviado. Existem aqui dois factores que tornam o conteúdo ilegível a quem não possua o segredo: "Control Word" (CW), que serve para fazer o "descrambling" do sinal e uma chave para decifrar esta CW.

A CW vem numa mensagem denominada "Entitlement Control Message" (ECM), que vem cifrada. A capacidade de aceder à ECM para obter a CW vem numa outra mensagem: "Entitlement Management Message" (EMM). Estas mensagens são enviadas apenas aos descodificadores que estão autorizados a visualizar um determinado conteúdo. Para que tal aconteça é necessário que o cliente possua um identificador (normalmente um cartão de memoria). O distribuidor de vídeo terá então que manter uma base de dados com a informação dos clientes que estão autorizados a visualizar certo tipo de conteúdos, para assim enviar aos descodificadores a respectiva credencial (EMM). De referir que as mensagens ECM e EMM são transmitidos numa tabela de acesso condicionado, segundo especificação do DVB-SI Este sistema tem aplicações bastante apelativas aos distribuidores: canais Pay-Per-View (PPV), vídeo-on-demand (VoD) e canais de conteúdos específicos (desporto, conteúdo para adultos, filmes, etc). Este tipo de conteúdos são pagos pelo cliente e representam uma importante fonte de receitas para os distribuidores de vídeo porque permitem um modelo de negócio que não é suportado directamente pela publicidade, ao contrário do que tem vindo a acontecer na televisão.

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