LEGALIDADE
O MP3 gerou a primeira vaga de pirataria em grande escala na Internet, tornando-o mundialmente famoso. Inicialmente a partilha de musicas era feita através de chatrooms (canais de IRC). Em 1999 surgiu o Napser, que permitiu implementar de uma forma mais facil a procura e partilha de musicas pelos utilizadores, o seu criador foi Shawn Fanning. Ao se efectuarem milhões de downloads de uma forma ilegal de musicas em MP3, levou a que diversos processos legais de bandas famosas e da RIAA (Recording Industry Association of America) fizessem com que o site Napster fosse encerrado por ordem dos tribunais.
Actualmente a troca de ficheiros é uma pratica comum através de redes peer-to-peer, com o uso de programas como por exemplo o BitTorrent. Este formato de compressão tornou a pirataria de musica na Internet global.
A compresão MP3 facilita a distribuição de conteúdos de audio, através da Internet, tendo os novos artistas uma forma facil de divulgar a sua musica, permite tambem que outros tipos de conteúdos audio sejam produzidos e vendidos em suporte CD-ROM como por exemplo audio-books (livros em audio) .
Hoje em dia existem distribuidores de música em formato digital, como por exemplo o iTunes, cujos ficheiros suportam Digital Rights Management (DRM), sendo uma ferramenta que permite o controlo das infracções dos direitos de autor, existindo porém métodos que permitem ultrapassar este tipo de protecção. Outros distribuidores de ficheiros MP3 através da Internet permitem que o download seja feito através do pagamento de cada ficheiro individual, sendo mais cómodo para os consumidores e facilitando os artistas porque o custo de ter musicas MP3 na Internet é muito menor do que o de uma companhia discográfica para lançar um album no mercado.
PATENTES E LICENCIAMENTO
Em 1998, o instituto Fraunhofer, enviou comunicados a diversos criadores de programas de MP3, exigindo que fossem cobrados royalties pelo uso da patente. Nesse comunicado constava que era necessario o licenciamento para a comercialização de codificadores/descodificadores e os produtos que não estivessem licenciados estariam a infringir os direitos da patente, detida pela Thompson e pelo instituto Fraunhofer, sendo necessário obter uma licença para permitir a produção e comercialização de produtos utilizando o padrão MPEG-1/2 Audio Layer 3.
Esta situação levou a que existisse um abrandamento no desenvolvimento de tecnologia de MP3 sem essa licença, criando a promoção de novos formatos, como por exemplo o WMA, que são livres. Porém o formato MP3 continua a ser o preferido devido á grande quantidade de ficheiros MP3 dísponiveis, a uma maior familiariedade com este formato, a uma grande variedade de hardware/software que existe baseado no formato MP3 e a pouca restrição da parte do DRM, que facilita a edição, copia e distribuição dos ficheiros MP3.
FUTURO
Foi desenvolvido pelo instituto Fraunhoffer o MP3 Surround, que é a versão 5.1 (5 canais+1 de graves) que permite que o MP3 evolua de apenas 2 canais para 5+1, com aplicações em home cinema e cinema digital, tornando-se competitivo face ao codec que lidera esta área, nomeadamente o Dolby Digital (AC3). Apesar de existirem hoje em dia codecs áudio melhores que o MP3, o simples facto de com 256 bit/s ter-se uma qualidade semelhante ao original e bastantes pessoas terem enormes colecções de albuns musicais codificados em MP3, a tendência é para continuar a ser utilizado porque torna-se pouco prático codificar outra vez Gigabytes de música para um formato com maior eficiencia, sabendo-se que hoje em dia a capacidade de armazenamento tem um custo muito baixo, além da utilização de bastantes leitores de MP3.
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