Norma DICOM

As motivações na base da criação da norma DICOM são:

  1. interoperabilidade entre os diversos equipamentos envolvidos num processo de diagnóstico em imagiologia médica;
  2. garantir que a informação associada a uma imagem ou conjunto de imagens, de certo paciente, nunca se separem e se possam perder. A norma define um protocolo de comunicação (suportado numa rede TCP/IP) e um formato de ficheiros de dados DICOM (*.dcm).

Um diagrama simplificado de uma rede DICOM apresenta-se na figura 9.

Fig. 9: Diagrama simplificado de uma rede DICOM.

De acordo com a norma, um ficheiro *.dcm pode armazenar imagens paradas a preto e branco ou a cores, vídeo (com áudio) e formas de onda (ECG por exemplo). A norma mais recente (versão 8) do DICOM especifica os esquemas de compressão para os diversos tipos de dados que podem estar presentes num ficheiro *.dcm. Essas especificações estão apresentadas na tabela 2[6].

Imagem Parada Vídeo (com áudio) Formas de onda
formato nativo

(espécie de PCM evoluído)

MPEG-2

(MP3)

formato interno do DICOM
JPEG

(com e sem perdas)

JPEG2000
RLE

Tab. 2: Especificações dos esquemas de compressão usados em ficheiros DICOM. Os acrónimos "Joint Photographic Experts Group" (JPEG), "Moving Picture Experts Group" (MPEG), "Run Lenght Encoding" (RLE) e ¿Continous Bit Rate MPEG-1 LAYER III audio standard¿ (MP3) encontram-se aqui definidos.

Como se pode observar na tabela 2, a norma DICOM, permite o uso de esquemas de compressão com perdas. No entanto a decisão de usar tais métodos está para além dos objectivos da norma.