VÍDEO DE ALTA DEFINIÇÃO

Carlos Cardoso -  Tiago Vasconcelos

Introdução à Resolução de Vídeo

Resolução digital e analógica

 

A resolução de ecrã de um monitor ou televisor digital refere-se ao número de pixéis que é possível representar em cada dimensão. Pode ser um termo ambíguo devido à diferença na representação de imagem em ecrãs de tubo de raios catódicos (CRT) e painéis LCD ou sistemas de projecção digital de imagem, que usam elementos de imagem finitos (pixéis).

 

Uma aplicação do termo “resolução de ecrã” refere-se ao conjunto de elementos finitos – pixéis – que representam a imagem em televisores de painel plasma (PDPs), ecrãs de cristais líquidos (LCDs), projectores digitais de imagem (DLP), ou tecnologias similares, e é simplesmente o número de colunas multiplicado pelo número de linhas desses pixéis. Uma consequência dessa rigidez na representação de imagem implica que o televisor ou monitor tem de ter um processador que adapte a imagem ao ecrã e à sua resolução.

 

O termo resolução de ecrã pode levar a falhas de interpretação, porque neste caso não se está a referir à resolução da imagem que o espectador vê. Essa seria representada (no caso digital) em pixéis por polegada (PPI), por exemplo.

 

Os sistemas analógicos de televisão representam a imagem no ecrã de modo entrelaçado (indicado como um “i” a seguir ao número de linhas da resolução), representando alternadamente as linhas pares e ímpares. Esta apresentação reduz a utilização de largura de banda, mas também diminui a verdadeira resolução de ecrã, para além de criar um efeito flicker ou “imagem tremida” nos movimentos mais lentos. [1]

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Os sistemas digitais representam as linhas todas progressivamente - modo progressivo (indicado por um “p”). O vídeo progressivo é gerado com quadros completos. Os profissionais preferem muitas vezes o vídeo progressivo a 24 quadros/s (24p), devido às suas semelhanças da sensação que as imagens geradas neste formato nos dão, com a imagem de filme. O vídeo progressivo traz a imagem real por quadro capturado, permitindo a câmara lenta e fixar melhores efeitos. [5]

 

Em televisores analógicos e monitores CRT as linhas horizontais não estão divididas em pixéis, e por isso a resolução horizontal está relacionada com a largura de banda dos sinais de luminância e crominância. Em televisão/vídeo a largura de banda destes sinais pode variar de 3 MHz (aproximadamente 330 linhas verticais; vídeo VHS) a 4.2 MHz (440 linhas, televisão analógica) até 7 MHz (660 linhas; vídeo DVD). Para referência em alta definição a largura de banda pode ser 37 MHz (num sinal de 720 linhas horizontais) ou 74 MHz (num sinal de 1080 linhas horizontais). [1]

 

Relação de aspecto de imagem

 

A relação de aspecto de uma imagem é a sua largura dividida pela sua altura. Relações de aspecto de imagens são normalmente referidas em x:y (largura/altura) e referidas como “x por y”. As relações mais comuns hoje no cinema 1.85:1 e 2.39:1. As duas relações mais usadas em vídeo e televisão são 4:3 (1.33:1), usado para formatos SD, e 16:9 (1.78:1), usado em vídeo de alta definição e nos sistemas digitais de televisão na Europa. [1]

 

Algumas resoluções e relações de aspecto de imagem em vídeo e televisão digital

 

    * SDTV: 480i (NTSC, 720×480 entrelaçados separados em 2 campos de 240 linhas)

    * SDTV: 576i (PAL, 720×576 entrelaçados separados em 2 campos de 288 linhas)

    * SDTV: 480p (NTSC, 720×480 progressivos)

    * SDTV: 576p (PAL, 720×576 progressivos)

    * HDTV: 720p (1280×720 progressivos)

    * HDTV: 1080i (1280×1080, 1440×1080, ou 1920×1080 entrelaçados separados em 2 campos de 540 linhas)

    * HDTV: 1080p (1920*1080 progressivos)

 

 

 

 

 

Monitores de computador apresentam resoluções mais altas. Nos últimos anos, 1024x768 tem sido vista como a resolução mais usada, apesar de cada vez menos, pois os monitores actuais cada vez mais vêm com relações de aspecto de 16:10 e maiores resoluções nativas. Todas as resoluções em monitores de computador são progressivas, visto que a apresentação entrelaçada cria artefactos inaceitáveis em aplicações, como por exemplo processadores de texto.

 

 

 

 

Algumas resoluções que estão cada vez mais na moda são: 1600×1200 (UXGA, Ultra-eXtended) ou 1400×1050 SXGA+ e resoluções 16:9 ou 19:10 como por exemplo: 1280×720 WXGA, 1680×1050 WSXGA+, e 1920×1200 WUXGA. [1]

 

 

Segue-se um exemplo de um vídeo no Youtube que pode ser visto em SD ou HD para comparação: