Evolução dos formatos de fotografia digital

Fotografia

 

Dos vários formatos de imagem existentes, os mais utilizados para Fotografia Digital são RAW, JPEG e TIFF [13].

 

História e descrição

RAW

           Este formato é o que possibilita uma maior aproximação da imagem real, pois permite armazenar, no cartão de memória, toda a informação referente à imagem.

Os arquivos gerados por este tipo de formatos são representações cristalinas sem codificação, processamento ou perda de qualidade, é também um formato conhecido por alguns como “negativo digital” [14], pois podem ser usados várias vezes para obter cópias diferentes. Dada esta precisão de qualidade o tamanho dos ficheiros de fotografias é bastante grande (2 a 6 vezes maior que o JPEG).

O formato RAW é indicado para profissionais, pois oferece-lhes um grande controlo criativo, e especialmente bom para trabalhos que envolvem uma fidelidade cromática ao objecto fotográfico e uma resolução máxima. No entanto, as máquinas fotográficas podem usar diferentes formatos RAW e as especificações destes formatos não estão disponíveis publicamente, pois cada fabricante tem o seu próprio formato nativo e, colectivamente, estes formatos são conhecidos por RAW. Estes formatos são únicos de cada proprietário e portanto são incompatíveis entre eles.

Para fotografias diárias e quando existe a necessidade de efectuar vários disparos contínuos este formato não é de todo o mais indicado, pois o tempo de gravação do arquivo RAW no cartão de memória não é bastante considerável.

 

Principais vantagens:

· Melhor qualidade;

· Sem codificação;

· Sem processamento;

 

Principais desvantagens:

· Tempo de armazenamento da imagem;

· Tamanho dos ficheiros de imagem;

· Windows e outros programas de edição de imagem não reconhecem este formato;

 

TIFF

Este formato foi criado com o objectivo de criar um padrão para imagens geradas por equipamentos digitais, uma vez que cada marca tinha o seu próprio formato.

A primeira versão deste formato foi apresentada em 1986 pela Aldus Corporation [15]. Após várias revisões foi lançada a versão 5, em 1988 que forneceu suporte a imagens a cor e com codificação LZW. Actualmente apresenta 3 normas de codificação: LZW, ZIP e JPEG [15].

Em 2009 foi adquirido pela Adobe Systems mas não se tornou proprietário, ou seja o utilizador não precisa de licença para utilizar este formato [16].

Na sua fase inicial o TIFF era um formato binário, com a evolução das tecnologias (scanners e computadores) foi evoluindo, passando de preto e branco para escalas de cinzentos e posteriormente para imagens a cor [15].

As imagens com formatos TIFF são de alta definição e qualidade, considerada ideal para profissionais de fotografia, têm uma grande intensidade de dados uma vez que permite juntar bastante informação da imagem original.

É um formato que praticamente todos os programas de imagem e sistemas operativos aceitam sendo o formato padrão dos arquivos gráficos com elevada definição de cores.

 

Principais vantagens:

 

· Consegue descrever uma grande gama de cores;

· Universal, pois é reconhecido por varias aplicações gráficas e é independente da arquitectura dos computadores, dos sistemas operativos e das aplicações;

· Flexível, pois pode ser ajustado às características dos equipamentos;

· Extensível, pois foi desenhado para permitir constantes evoluções;

· É um dos melhores formatos para armazenamento e troca dados no formato raster entre os computadores.

 

Principais desvantagens:

 

· Poucas imagens conseguem ser gravadas num cartão de memória devido ao tamanho da imagem;

· Tempo a guardar imagem no cartão significativo devido à quantidade de informação pode resultar, em algumas máquinas, tempo de espera ate se poder tirar a próxima fotografia;

· Não é indicado para ficheiros que possuam textos e gráficos, pois como é do tipo raster não guarda informação vectorial.

 

JPEG

Este formato foi criado por um grupo organizado em 1992 [17], sendo apenas aprovada quatro anos mais tarde em 1994.

É um método muito comum usado para comprimir e guardar imagens fotográficas digitais. O seu grau de redução pode ser ajustado, o que permite ao utilizador escolher o tamanho de armazenamento e de compromisso entre a qualidade da imagem. Suporta até 8 bits por componente de cor RGB, fazendo um total de 24 bits [18].

Geralmente atinge um factor de codificação de 10:1 com pouca perda perceptível na qualidade da imagem, o que depende o nível de quantificação escolhido para a codificação.

Utiliza um método de codificação com perdas (lossy), que recorre à Transformada de Coseno Discreta (Discrete Cosine Transformation – DCT) [8], para descartar as partes menos significativas da imagem, bom base na percepção da visão humana.

Este formato é o mais usado para transmissão de fotografias na internet, onde a largura de banda utilizada por imagem é um factor importante.

Por outro lado, este formato não é bom para desenhos com linhas, tipo textuais ou ícones gráficos. Este tipo de imagens deve ser guardado num formato de imagem do tipo lossless, como por exemplo o TIF, ou numa imagem “crua” como o RAW, ambos referidos e analisados anteriormente. É também uma má opção para ficheiros que irão sofrer várias edições [18], pois a qualidade da imagem será gradualmente perdida, principalmente se a imagem for cortada ou deslocada.

Por fim, a grande particularidade deste formato é o facto de os ficheiros poderem ter diferentes níveis de codificação. A Figura 9 mostra que quanto maior for o factor de codificação menor será o tamanho do ficheiro, porem pior será a sua qualidade.

Trabalho Realizado Por:

Imagem original, tamanho: 30KB

Imagem com factor de codificação 50, tamanho: 15KB

Imagem com factor de codificação 90, tamanho: 12KB

Principais vantagens:

· Universal, pois é reconhecido por qualquer equipamento e software;

· Tamanho da imagem pequeno;

· De qualidade aceitável face ao seu tamanho;

 

Principais desvantagens:

· Perde qualidade cada vez que é guardado;

· Mau para ficheiros de constante edição;

· Codificação com perdas;

 

Comparação entre formatos

A Tabela 1 demonstra as principais diferenças entre os 3 formatos de imagem utilizados para fotografia digital. A escolha entre qual o melhor formato a utilizar depende das necessidades do utilizador bem como dos recursos da maquina fotográfica que possui.

O JPEG será a escolha ideal quando se pretende tirar fotos em movimento e guardar uma grande quantidade de imagens no cartão de memória da máquina.

O TIFF é uma boa opção para guardar imagens que possam vir a ser editadas no futuro pois não inclui mecanismos de compressão.

O formato RAW é limitado a alguns equipamentos, mas será uma opção a ter em conta por ser mais versátil e mais pequeno que o TIFF.

Tabela 1. Comparação entre os 3 formatos de imagem mais utilizados em fotografia digital.

Figura 9. Imagens com diferentes valores de codificação.

 

RAW

TIFF

JPEG

Tamanho

Grande

Grande

Pequeno

Compressão

Inexistente

Inexistente

Lossy

Qualidade

Boa

Boa

Suficiente

Edição

Ideal

Bom

Mau

Universal

Arquivos únicos

Reconhecido pela maioria dos softwares

Reconhecido pela maioria dos Web-sites e software