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Com os avanços tecnológicos que todos os dias acontecem, a televisão há muito deixou de ser um receptor passivo para se tornar cada vez mais num produtor de conteúdos, conteúdos este que cada vez mais possam ser ditados pelo utilizador que se encontra sentado confortavelmente no seu sofá.
Se juntarmos a isto o aparecimento e o crescimento galopante da Internet tal como a conhecemos hoje, o perfil do utilizador de televisão modificou-se muito ao longo dos anos, assistindo-se a uma convergência cada vez mais notória entre televisão e Internet.
Desta constatação aparece o conceito de televisão híbrida, em que o objectivo é ter no mesmo aparelho os serviços já existentes nas emissões televisivas actuais com serviços disponibilizados por uma ligação à Internet. O conceito em si não é novo, mas só agora faz sentido uma aposta no mesmo, devido ao facto de um utilizador normal ter em sua casa uma ligação à Internet de banda larga por um baixo preço.
Deste conceito nasce a HbbTV, Hybrid Broadcast Broadband TV, com origens na Alemanha e França, uma norma que permite aos consumidores aceder a serviços, através de uma set-top box ligada a TV, tais como “catch-up tv”, “video on demand” (VoD), publicidade interactiva, capacidade de personalização, votações em tempo real, jogos, redes sociais, assim como conteúdos multimédia da própria Web através de uma única interface.
A HbbTV inclui também serviços de informação que podem ser considerados como uma evolução do teletexto que conhecemos, numa versão com vídeo e texto de alta definição.


Figura 14 - Exemplo de utilização de HbbTV

A HbbTV permitirá ainda a uniformização nas emissões televisivas, ou seja os produtores de conteúdos em vez de terem que produzir conteúdos determinados pelos standards de cada pais, com o HbbTV apenas teriam de ser escritos uma vez e enviados para vários países, poupando dessa forma tempo e dinheiro.

Embora ainda aguarde pela ratificação da norma por parte da ETSI, na Alemanha, a venda de set-top boxes equipadas com HbbTV, tem sido um enorme sucesso, estimando-se que sejam vendidas 2 milhões de unidades em 2010, aumentando para os 4 milhões em 2011.
Um conceito semelhante e muito recente é a Google TV, em que a ideia é também fundir num só aparelho o melhor dos dois mundos, permitindo ao utilizador pesquisar o programa ou vídeo desejado nos canais de televisão detidos pelo utilizador, ou então na Internet. Com este sistema uma das inovações, será por exemplo poder ver um programa de televisão, enquanto ao mesmo tempo consultamos o nosso Twitter ou Facebook.
Outras possibilidades de interacção, como a de recuar um programa no tempo, interagir em tempo real num programa ou até mesmo experiencias sensoriais, como realidade virtual, são hipóteses a ter em conta num futuro próximo. Especial destaque para a interacção do utilizador com o conteúdo televisivo, que é sem dúvida o maior desafio num futuro próximo em termos de televisão interactiva. A possibilidade de alterar, por exemplo, o rumo dos acontecimentos numa série televisiva é o próximo grande passo no conceito de televisão interactiva.
Nem todas se revelarão boas, algumas por não terem sido bem recebidas pelos utilizadores, que não encontram motivo para usar aquela funcionalidade ou porque a mesma é difícil de usar e outras devido ao custo associado e à incerteza em relação ao sucesso das mesmas junto dos consumidores.

 
 
 
     
 
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