Sendo o AAC considerado um dos sucessores do MP3 prevêm-se melhorias significativas no que respeita à qualidade/bitrate ou até mesmo na qualidade subjectiva alcançada pelos codificadores em si. Esta não pode ser medida ou calculada através de uma formula matemática/algoritmo, no entanto no artigo [1] (ITU-R BS.1387-1) são apresentadas algumas normas que propõem uma analise da qualidade objectiva. Já no artigo [2] são indicadas algumas formas de obter bons resultados ao realizar testes de qualidade subjectiva. O teste utilizado, "double-blind triple-stimulus with hidden reference” (também conhecido como "ABC/HR test"), consiste em detectar diferenças perceptiveis entre 3 hipóteses A, B e C. O ficheiro A corresponde à referencia base (original PCM), isto é, ao qual vão ser comparados os ficheiros B e C. Estes últimos são atribuidos aleatoriamente entre uma referência não conhecida (original também) e o ficheiro objecto de estudo (codificado). O método consiste em comparar A com B e A com C. O indivíduo deverá ser capaz de identificar o original (de entre B e C) atribuindo posteriormente uma nota entre o codificado e o original. O grau de diferença de qualidade entre as duas combinaçoes A/B ou A/C é atribuído segundo a tabela seguinte:
Impairment |
Grade |
Imperceptible |
5 |
Perceptible, but not annoying |
4 |
Slightly annoying |
3 |
Annoying |
2 |
Very annoying |
1 |
Tabela 1: The ITU-T five-grade impairment scale
Os testes ABC/HR que realizámos não revelaram diferenças subjectivas entre os originais e codificados, atribuindo sempre a nota máxima ao ficheiro codificado. Umas das razões possiveis para estes resultados inesperados é o facto do sistema de audio, em que foram feitos os testes, não ter a precisão necessária para replicar o som tal como era suposto.
Desta forma decidimos encontrar testes e resultados que, de entre uma amostra significativa, podessem provar a superioridade de um sobre o outro em termos de qualidade subjectiva. Seguem-se os resultados de acordo com [3]:

Figura3. Qualidade Subjectiva – Música clássica/variada

Figura 4. Qualidade Subjectiva - Música clássica a diferentes bitrates

Figura 5. Qualidade Subjectiva - Música variada a diferentes bitrates

Figura 6. Qualidade Subjectiva – Entre codecs AAC

Figura 7. Qualidade Subjectiva – Entre codecs MP3
Como se ME.
Como se pode ver pelos gráficos que comparam os diferentes tipos de música, verifica-se que a música variada exige mais “trabalho” por parte dos codecs do que a música clássica. Para diferentes bitrates, também se nota uma grande diferença entre a qualidade do som, isto é, como se esperava para maiores bitrates melhor qualidade subjectiva, quer para a música clássica quer para a música variada. Quanto aos codecs AAC o codificador incluído no iTunes é de longe o melhor. Para codecs MP3, o melhor é mesmo o MP3LAME.
Se pretender efectuar os testes audio por si mesmo, estao aqui disponíveis um ficheiro original, um ficheiro codificado em MP3 e um em AAC para comparação.