1. Arquitectura do sistema DVB

Neste capítulo abordar-se-á a arquitectura do sistema DVB e os respectivos meios de transmissão (satélite, cabo, móvel ou terrestre).


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Figura 3: Arquitectura base de um sistema DVB [3]

Dado que a transmissão é feita consoante o meio onde o sinal se propaga, analise-se desta forma os vários subsistemas de transmissão.

1.1. Subsistema de transmissão para DVB-S

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Figura 4: Arquitectura do subsistema de transmissão para o DVB-S [3]

1.1.1. DVB-S vs DVB-S2

O DVB-S2 é implementado em 2005 e em relação ao DVB-S tem as seguintes vantagens:

1.2. Subsistema de transmissão para DVB-T

Este subsistema é muito semelhante ao anterior. Contudo neste subsistema há um splitter que separa o sinal que vem do multiplexer de transporte em dois sinais, um para o SDTV (standard definition television) e outro para o HDTV (high definition television).
A modulação também é diferente sendo que para DVB-T a modulação adoptada é OFDM.

1.2.1. DVB-T vs DVB-T2

O DVB-T2 é implementado em 2008 e em relação ao DVB-T tem as seguintes vantagens:

1.3. Subsistema de transmissão para DVB-C

Assim como os dois subsistemas já explicados anteriormente o DVB-C vai ter de diferente a modulação, permitindo só modulações QAM: 16-QAM, 32-QAM, 64-QAM, 128-QAM e 256-QAM. De ter em conta também que a sequência de bits é codificada usando a codificação diferencial dos dois bits mais significativos de cada símbolo.

1.3.1. DVB-C vs DVB-C2

O DVB-C2 é implementado em 2008 e em relação ao DVB-C tem as seguintes vantagens:

1.4. Subsistema de transmissão para DVB-H

Esta solução está meramente presente visto que foi a solução pensada para a televisão móvel, contudo demonstrou-se ser não muito viável face as mais recentes tecnologias mais concretamente o 3G e o LTE.

2. Arquitectura do Sistema IPTV

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Figura 5: Arquitectura de um sistema IPTV [4]

A arquitectura de um sistema IPTV pode-se dividir em quatro fases: headend, transporte, acesso e rede doméstica.

2.1. Transporte via terrestre

O transporte feito via terrestre tem como meio principal a linha telefónica, designando assim de xDSL. As mais utilizadas são o ADSL e o ADSL2+, sendo que ultimamente haja uma utilização gradual do VDSL2, pois esta permite um bit rate mais elevado.
Desta forma consegue-se ter para além do serviço de voz, pois já existia obviamente na linha telefónica, serviços de vídeo (tanto em SD como em HD) e serviços de dados (utilizado também no inicio unicamente para acesso a Internet).
Há dois tipos de modulação que pode ser aplicada ao sinal, sendo elas a DMT (Discrete Multi-Tone) e a CAP (Carrierless Amplitude Phase), que é uma variação do QAM.
Ao nível de codificação de canal neste momento o codec de vídeo aplicado é o MPEG-4 AVC/H.264 ao passo que o codec de áudio é o AAC.


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Figura 6: Arquitectura IPTV numa rede xDSL [5]

 

2.2 Transporte via cabo

O transporte via cabo coaxial utiliza o protocolo DOCSIS. A modulação utilizada por este protocolo é o QAM. Para distribuir o sinal por múltiplas TV's em casa dos clientes são utilizados splitters.
Assim sendo existem três formas dos prestadores de serviços de IPTV, via cabo, fornecerem o serviço aos seus clientes:

Assim como no transporte feito em via terrestre, os codecs de áudio e vídeo usados são o AAC e o MPEG-4 AVC/H.264, respectivamente.
A modulação aplicada para este tipo de transporte é, regra geral, QAM.


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Figura 7: Arquitectura IPTV numa rede via cabo

 

2.3 Transporte via fibra

Possivelmente esta é a tecnologia de que mais se fala, não só por ser a mais recente, como também é aquela que consegue transportar uma maior quantidade de dados e de forma também mais rápida.
Assim sendo há varias topologias de implementar a fibra óptica na rede IPTV entre elas:

Tal como nos dois casos anteriormente descritos, os codecs de áudio e vídeo são os mesmos.
Ao nível de modulação não há uma modulação pré-definida como no DVB visto que há várias tipologias de rede e cada uma usa os seus respectivos protocolos e as suas respectivas modulações.

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Figura 8: Arquitectura da rede de fibra óptica com as várias topologias de implementação [7]

3. Arquitectura do sistema de tv móvel

Em Março de 2008, a Comissão Europeia aprovou para utilização a norma Digital Video Broadcasting Handheld (DVB-H) de forma a promover a interoperabilidade dos serviços embora esta norma não tenha sido seguida por Portugal até ao presente nem está, de momento, planeado. Outros países europeus já estão disponibilizar serviços DVB-H.
A transmissão de televisão móvel, feita sobre redes 3G e LTE, envolve dois paradigmas:

A principal diferença é que o modelo Unicast permite a transmissão mais personalizada de conteúdos, ou seja, diferentes conteúdos para cada utilizador. A desvantagem face ao Multicast é que consume demasiados recursos na rede e tem uma largura de banda limitada por utilizador.
Neste momento a realidade portuguesa é apenas o acesso a conteúdos TV via 3G/UMTS e LTE numa perspectiva unicast.
Tomando em conta estes dois tipos de tecnologia é possível ter uma arquitectura do sistema de TV móvel.

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Figura 9: Arquitectura do sistema de TV móvel [8]


Em relação ao sistema DVB-H, os conteúdos utilizados são codificados em H.264/AVC a nível de vídeo, e a AAC a nível de áudio. A modulação adoptada pelo sistema DVB-H (baseada na norma DVB-T) é COFDM.
Actualmente as tecnologias 3G e LTE utilizam como codec de vídeo o MPEG-4 e a nível de áudio o AAC. A nível de modulação o 3G utiliza QPSK e o LTE utiliza QPSK ou então 16 QAM, caso seja necessário aumentar a capacidade.