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Relação com o consumidorO modelo de ngócio do Spotify é denominado na indústria por modelo Freemium e como tal possui dois tipos de conta: - Conta "free" (gratuita), que são financiadas através de anúncios e publicidade ouvidos entre as músicas; - Contas "premium" (mesalidade de 6,99 €) [5]. O segundo tipo de contas representa a contribuição principal para o volume de negócios da empresa, embora o número de contas premium seja menor. A utilidade da conta free em termos de negócio é convencer os utilizadores a assinarem uma mensalidade e mudarem para "premium". Esta conta possui funcionalidades adicioais, e uma maneira de levar um utilizador a mudar é passar estas vantagens como anúncios entre as músicas ouvidas no modo "free". Para além de fazer streaming sem ouvir qualqer anúncio, um utilizador premium tem a vantagem de ter acesso às funcionalidades adicionais já descritas na secção 3 do artigo. Este serviço de streaming conta actualmente com mais de 50 milhões de utilizadores, dos quais mais de 12,5 milhões são "premium" [8], número este que tem vindo a aumentar de ano para ano como podemos ver no gráfico da fig. 1 [9]. ![]() No entanto, o Spotify ainda não conseguiu gerar lucro, pois o número de utilizadores que pagam a mensalidade não chega para cobrir o que a empresa paga aos artistas e editoras para permitir o streaming das suas músicas[10]. Relação com a indústria musical: pagamento royaltiesOs proprietários dos direitos do conteúdo disponível recebem uma comissão de cerca de 70% dos lucros obtidos pelo Spotify, distribuído conforme a popularidade das músicas. Ao contrário do que é muitas vezes afirmado, a comissão não é directamente calculada com base no número de reproduções das músicas. No entanto, é possível estimar que o valor médio pago aos artistas por reprodução está entre 0.006€ e 0.0084€, para se ter uma ordem de grandeza [9]. Os valores médios mensais pagos em Julho de 2013 para 5 álbuns anónimos de diferentes categorias são indicados na tabela 1. Em 2014, estima-se um total de pagamento de direitos na ordem de 1000M$ [9]. ![]() Polémica em torno do pagamento de direitos de autorAlgumas editoras e artistas, principalmente entre os mais populares e bem pagos da indústria, defendem que o consumo gratuito de música desvaloriza o trabalho dos artistas. Alguns chegaram mesmo a retirar os seus álbuns do catálogo em protesto contra os baixos valores de comissões recebidas. O Spotify afirma, por outro lado, ser uma mais-valia para a indústria da música, por desempenhar um papel importante na conversão de consumidores de conteúdo ilegal em consumidores que geram valor, mesmo com uma conta gratuita. Em 2013, um estudo mostrou que, nos países em que o Spotify opera, entre 40% e 55% das pessoas optaram por este sistema gratuito e legal em alternativa à pirataria. |