Captação de Som

O som que escutamos nos nossos ouvidos é o resultado de uma vibração de partículas de ar, que consoante a frequência a que oscilam originam sinais acústicos mais graves ou mais agudos. A captação destes sinais acústicos, que podem constituir uma voz, um instrumento musical ou outro qualquer ruído sonoro, tem início num dispositivo transdutor, onde o sinal acústico é transformado num sinal eléctrico. O mais vulgar destes transdutores é o microfone. Após a obtenção de uma onda eléctrica analógica que representa o sinal acústico, esta pode ser processada analogicamente numa mesa de mistura, na qual é possível ajustar as características do som resultante ao gosto do ouvinte. A equalização é um bom exemplo disso, uma vez que nos possibilita cortar as baixas, as médias ou as altas-frequências do sinal captado. Este processamento hoje em dia é realizado maioritariamente em computadores ou em aparelhos digitais, ou seja, sistemas de processamento digital, nos quais o sinal analógico sofre uma transformação para um sinal digital que o torna em dígitos binários (a transformação consiste numa amostragem e quantização do sinal analógico). Após esta transformação torna-se mais simples realizar operações matemáticas ao sinal, que podem alterar a forma como escutamos o sinal original.

Fig.6 – Imagem de um sinal digital que aparenta ser uma onda analógica, mas que em detalhe, na imagem da esquerda, revela ser um sinal digital uma vez que são bem visíveis as amostras retiradas do sinal analógico original.

Começamos a perceber então que existem dois tipos de gravação de som: a gravação analógica e a gravação digital. No capítulo seguinte abordamos dois subtipos de gravação para cada um dos tipos acima referidos.

 

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