Satélites

 

 

Aplicações Gerais dos Satélites

 

Dependendo da aplicação que se pretende desenvolver com um satélite, é possível elaborar a sua respectiva classificação. Desta forma pode-se considerar que existem os seguintes tipos de satélites:

 

- Comunicações fixas (FSS, Fixed Satellite Service)

- Difusão (BSS, Broadcasting Satellite Service)

- Comunicações móveis (MSS, Mobile Satellite Service)

 

- Posicionamento (GPS, Global Positioning System)

 

- Meteorologia

- Detecção remota

 

- Espionagem

 

Em todas estas aplicações os satélites revelam ser bastante importantes, pois a sua grande capacidade de cobertura permite atingir zonas que seriam de mais difícil acesso caso se utilizassem meios terrestres.

 

 

 

Bandas de Frequência Atribuídas a Sistemas por Satélite

 

Para realizar comunicação via satélite são utilizados dois tipos de comunicação, o primeiro é relativo à ligação ascendente (Uplink), no qual a transmissão é realizada de uma central terrestre para o satélite, e o segundo é relativo à ligação descendente (Downlink), no qual ocorre a transmissão do satélite para uma central terrestre.

Normalmente as bandas de frequências utilizadas no percurso descendente são mais baixas que as utilizadas no percurso ascendente. Isto acontece de modo a reduzir possíveis interferências e porque o percurso descendente é considerado mais crítico que o ascendente, devido às limitações de potência do satélite. O facto da banda de frequências do percurso ascendente ser mais elevado também permite maximizar o ganho de recepção, dado que o ruído captado pelo satélite é elevado.

 

Tabela 2.2 – Bandas de frequência nas comunicações por satélite

 

As bandas de frequência utilizadas em sistemas de comunicação por satélite situam-se nas bandas de UHF (300 MHz - 3 GHz) e SHF (3 GHz - 30 GHz).

 

 

Colocar um Satélite em Órbita

 

Actualmente, para colocar um satélite em órbita existem essencialmente duas tecnologias. Existem os foguetões do tipo Ariane, utilizados pela Europa, e os veículos tripulados do tipo Space Shuttle, utilizados pelos Estados Unidos.

Para se realizar o lançamento tem-se essencialmente em consideração a latitude do local de lançamento, pois será este o factor que determina a inclinação da órbita de transferência e consequentemente o gasto de energia na correcção da inclinação.

 

 

Tipos de Órbitas

 

Consoante a altura a que os satélites se encontram, e dependendo das características da órbita que descrevem, é possível definir diversos tipos de órbitas:

 

– período de revolução: 23h56 m4,091 s

– altitude média: 35 786 km

 

– altitude típica: 500 - 1 500 km

– período de revolução 1h 30m - 2h

 

– altitude típica: 10 400 km

– período de revolução 6 horas

 

– órbita elíptica inclinada

– perigeu de baixa altitude

 

                                                         Figura 2.2 - Principais órbitas de satélites

 

 

Observando as características de cada tipo de órbita, é possível definir as principais aplicações para um satélite localizado em determinada órbita:

 

Text Box: LEO: 
- Comunicações móveis
- Radioamadorismo
- Observação da Terra e atmosfera
 
Text Box: MEO: 
- Comunicações móveis
- Navegação
 
Text Box: GEO: 
- Comunicações fixas
- Difusão
- Meteorologia
 
Text Box: HEO: 
- Comunicações fixas
 
 
 

 

 

 

 

 

 
Tabela 2.3 – Comparação entre os vários tipos de órbitas

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Técnicas de Acesso Múltiplo

 

Existem três técnicas para que diversas estações possam comunicar simultaneamente com o mesmo satélite:

 

Neste tipo de acesso, é possível que todas as estações usem o satélite simultaneamente, mas cada uma utiliza uma banda de frequências diferente. Este tipo de acesso é normalmente utilizado em transmissão analógica.

 

Neste tipo de acesso apenas é permitido às estações transmitir uma de cada vez numa dada gama de frequência, utilizando os “slots” temporais que lhe foram atribuídos. Este tipo de acesso é normalmente utilizado em transmissão digital.

 

Neste tipo de acesso, é possível que varias estações transmitam simultaneamente na mesma frequência sinais dispersos pelo espectro, codificando os sinais ortogonalmente. Para se recuperar um dado sinal é necessário ter conhecimento do código que foi utilizado para dispersar o sinal no espectro.

 

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