ESPALHAMENTO ESPECTRAL


 

A tecnologia de transmissão por espalhamento espectral tem mostrado resultados bastante interessantes, sendo actualmente uma das mais utilizadas no que se refere às redes de computadores.

Com esta técnica, o sinal enviado ocupa uma largura de banda consideravelmente superior ao mínimo necessário para enviar a informação, sendo o espalhamento espectral efectuado antes da transmissão, recorrendo a um código independente dos dados a transmitir. O mesmo código é usado na recepção (síncrona com a transmissão), correlacionando-o com o sinal, com vista a recuperar assim os dados iniciais.

Entre as numerosas vantagens da utilização desta técnica destacam-se a imunidade contra interferências, razão pela qual se prefere este método aos utilizados anteriormente, nomeadamente as modulações ASK e PSK.

Apresenta-se na Figura 12 (Fig. 12 - Espectro de um sinal c/espalhamento espectral) o espectro de um sinal transmitido com esta técnica.

 

 

Fig. 12 - Espectro de um sinal c/ espalhamento espectral

 

A implementação do método de espalhamento espectral necessita de uma rápida equalização do sinal recebido de modo a compensar o ruído e a atenuação dependentes da frequência. Uma forma de melhorar os resultados do espalhamento espectral é usando técnicas de processamento digital de sinal (filtragens sensíveis ao ganho relativo do ruído, por exemplo).

Para o sucesso desta tecnologia é necessário que se proceda rapidamente à sua normalização, tal como já foi referido acerca das diferenças topológicas nos EUA e na Europa, por exemplo. Um dos pontos fulcrais da normalização é o das frequências de transmissão permitidas. Actualmente na Europa a alocação de frequências existente, definida pela CENELEC, poderá criar problemas às técnicas de espalhamento espectral (nos Estados Unidos, por exemplo, a faixa de espectro disponível é mais larga, cerca de 450 Hz).