Implementação do DVB-H
Durante o desenvolvimento da norma DVB-H, houve um aspecto de bastante relevo que foi tomado em consideração, que foi a compatibilidade de serviço já existente, DVB-T, com um serviço em estudo, isto é, o DVB-H. Assim, possibilitou-se a coexistência de ambos os serviços numa única rede, que economicamente traria bastantes vantagens, não tendo sido descorada a hipótese de implementação do serviço DVB-H numa rede própria.
Partilha de rede
O DVB-H foi desenvolvido tendo por base a compatibilidade directa com o DVB-T, ou seja, os receptores em DVB-T já existentes nas redes para a transmissão digital terrestre, não sofrem qualquer interferência com a introdução do serviço DVB-H.
Com o intuito de também permitir um serviço com cobertura para terminais móveis em ambientes indoor e utilizar as redes já existentes, surgiu a necessidade de contornar uma deficiência de cobertura indoor no DVB-T, devido à existência de maiores perdas de propagação nesses ambientes.
Assim, implementou-se a infra-estrutura de transmissão para o pior caso de cobertura, isto é, o DVB-H, tornado possível a televisão digital terrestre em todos os ambientes, tanto para o DVB-T como para o DVB-H. Por conseguinte, a planificação da rede será realizada para o DVB-H, ficando assim sobredimensionada para o DVB-T, ou seja, existirá um maior esforço inicial de implementação. Para além da diferente planificação da rede, é necessário um upgrade nos transmissores, já que os bits de sinalização são diferentes nas redes exclusivas ao DVB-T e incluíram-se os bits de identificador de célula.
Para incluir o serviço DVB-H no DVB-T, existe a opção de alocar uma porção do fluxo de dados ou recorrer a modelação hierárquica existente na norma DVB-T. Notar que, na primeira opção a multiplexagem de ambos os serviços é dinâmica. Uma vez que a modulação de maior prioridade apresenta maior robustez, esta é escolhida para o serviço DVB-H, enquanto que o DVB-T usa a modulação de baixa prioridade. Este facto é uma consequência da transmissão do serviço DVB-H ser mais critica que a do DVB-T. Na figura 8 apresenta-se um exemplo de partilha de rede entre o serviço DVB-H e o DVB-T.
Fig. 8 – Rede partilhada por multiplexagem.

Fig. 9 – Rede dedicada ao DVB-H.
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