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Neste tópico vamos fazer uma comparação das especificações técnicas do AAC face ao MP3. Como já tinha sido referido, o AAC surge motivado pelas limitações do MP3 a nível de eficiência de codificação, fazendo com que esta seja mais “personalizada” e dependente do tipo de sinal áudio. Obtém-se assim uma compressão mais aprimorada que oferece resultados de alta qualidade para arquivos menores. O AAC revelou-se assim o sucessor do MP3, com superior desempenho para a codificação áudio em taxas de bits médias e altas, facto que será demonstrado com a apresentação das especificações técnicas de cada um dos formatos.
O AAC tem frequências de amostragem que vão desde os 8KHz aos 96KHz face ao MP3 que tem uma gama desde os 16 KHz aos 48KHz, sendo notória a vantagem do AAC, estando assim preparado para desenvolvimentos no futuro do sector áudio. Mais uma vez o AAC está na “frente” do MP3 quando se fala do número de canis usados, o primeiro permite o uso de 48 canais enquanto segundo só permite o uso de 2 canais. Quando se fala do tamanho das frames podemos afirmar que no AAC o tamanho é variável e o débito arbitrário, sendo também esta uma vantagem. Focando agora um pouco na descodificação é afirmado por especialistas que a descodificação, quando o sinal áudio vem codificado com a tecnologia AAC, é mais eficiente e apropriada, exigindo assim menor poder de processamento para a realização desta tarefa. O AAC tem maior eficiência na codificação não só de sinais estacionários mas também de sinais transitórios. Consegue codificar melhor áudio com frequências abaixo dos 16KHz. O AAC tem um banco de filtros simples que usa apenas a MDCT, em contraste com o MP3 que tem um banco de filtros híbrido, escolhido por razões de compatibilidade. Tem ainda um aumento da largura da janela de 1152 linhas de transformação para 2048, tendo, por isso, o AAC assim uma melhor performance.
O AAC tem também uma codificação joint stereo mais flexível quando comparado com o do MP3, fazendo com que, a partir de dois canais com quase a mesma informação, sejam exploradas estas irrelevâncias estereofónicas e redundâncias de modo a reduzir o bit rate total. Esta codificação so é utilizada em casos em que são pretendidos sinais stereo. Outro facto a favor do AAC é a existência de novas ferramentas que permitem uma maior eficiência de compressão. É o caso do TNS que faz com que sinais de voz melhorem consideravelmente, e de outras ferramentas como o PNS, o LTP, o itensity\coupling, entre outras. O AAC ao ter maior flexibilidade a nível de design de novos codificadores, leva a uma maior disputa pela melhor maneira de codificação, o que leva consequentemente a compressões mais eficientes, sendo como tal o MP3 mais limitado. Mas nem tudo é “mau” no MP3, este consegue ter qualidade semelhante ao AAC quando os débitos são superiores a 128Kbps. A superioridade do AAC pode ser constatada nos seguintes resultados: · O áudio comprimido AAC a 128 Kbps (stereo) foi julgado por audiófilos como indistinguível da fonte original de áudio descomprimida.
· O áudio comprimido AAC a 96 Kbps normalmente ultrapassa a qualidade de áudio de compressão MP3 a 128 Kbps. O AAC a 128 Kbps oferece desempenho significativamente superior ao formato MP3 a 128 Kbps.
· O AAC foi o único codificador de áudio para Internet avaliado como “Excelente” a 64 Kbps para todos os pontos de áudio do teste de audição EBU (European Broadcasting Union). |