A televisão está neste momento a ter uma transformação profunda, a transição de rádio-difusão através de um sinal analógico para um sinal digital. Está é provavelmente a maior alteração que a televisão sofreu desde a passagem do preto e branco para a cor. A radio-difusão digital é a difusão de conteúdo de um programa de rádio ou televisão através de um stream de bits. A possibilidade de transmitir conteúdo áudio-visual sob a forma digital permite transmitir a uma qualidade superior para a mesma largura de bando do sinal analógico. Além desta vantagem importante permite ainda uma maior resiliência a erros de canal e problemas de sintonia. O facto de a informação ser transmitida sob a forma de bits permite uma enorme versatilidade à TDT na era do processamento digital. Na prática isto permite disponibilizar mais canais de televisão e rádio, maior qualidade de imagem e som, alta definição, guias de conteúdos, interfaces gráficas para serviços e uma grande facilidade de gravação de conteúdos a baixo custo com possibilidade de agendamento. Esta última faceta é muito importante porque permite ao consumidor um controlo muito superior sobre os conteúdos de TV que consome. Perde-se a noção de produto de consumo instantâneo associado à TV tradicional. Apesar de não ter um impacto directo no consumidor final a menor largura de banda requerida pela TDT permite ainda libertar espectro electromagnético. Este é um recurso escasso nos dias que correm e com enorme procura, nomeadamente pela indústria de telecomunicações. Este foi uma das razões mais prementes que levaram a União Europeia a declarar o fim das das transmissões analógicas em 2012.
