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Televisão 3D
 
A visualização de conteúdos 3D tem sido marcada por altos e baixos em termos de popularidade, principalmente durante o séc. XX.
 
 
   
   
 
 Breve história do vídeo 3D
 
 

1830 - Sir Charles Wheatstone inventa o estereoscópio;

1855 - Criada a primeira câmara 3D;

1915 - Edwin Porter e William Waddell testam sequências de vídeo com público usando a tecnologia de anáglifo vermelho e verde;

1922 - É lançado o primeiro filme em 3D;

1950's - Década de grande popularidade de exibição de filmes 3D nos EUA;

1990's - Década de ressurgimento da popularidade de filmes 3D;

1995 - Primeiro standard de compressão (MPEG2-Multiview Profile);

2000's - Expansão dos filmes 3D: criação da norma MPEG-4 Multiview Coding, remake de filmes 2D, primeira difusão televisiva em 3D (2008) e criação de novos e marcantes filmes 3D (Avatar, 2009);

2010 - Primeiro canal 3D: SKY 3D, Coreia do Sul; televisores 3D começam a entrar em Portugal; primeira emissão 3D numa televisão em Portugal: um anúncio da MEO bate o record de audiências; primeiros testes para a emissão de canais 3D em Portugal feitos pela MEO e pela ZON; transmissão 3D do campeonato mundial de futebol 2010 em Portugal.

 
 
 
 Vantagens
 

A grande mais-valia do 3D é, de facto, a sensação de imersão que proporciona, tanto a nível visual como a nível auditivo. A recente necessidade de desenvolvimento de aparelhos de televisão 3D advém principalmente do desejo do público de cinema em transportar a experiência que têm no cinema para casa. Caso seja implementada em larga escala, a televisão 3D trará uma infinidade experiências a casa das pessoas. A variedade de conteúdos é muito grande, e por isso é passível de satisfazer um espectro muito abrangente de consumidores.

Um elemento muito importante da televisão 3D é o áudio multicanal (estéreo ou 5.1), já que vídeo sem áudio não é viável para negócios de entretenimento em larga escala. Neste campo não se esperam grandes evoluções já que o áudio em surround já está relativamente massificado.

 
 
 Desvantagens
 

Dado estar nos primeiros passos da sua implementação, os aparelhos de televisão 3D ainda se encontram à venda por um preço que não é acessível à maior parte da população, sobretudo nas condições económicas e sociais actuais. É possível que no futuro os preços desçam consideravelmente, desde que se massifique a tecnologia e haja concorrência no mercado. No entanto, consultando o histórico da evolução da televisão 3D, não é possível prever quando ou mesmo se tal se vai verificar.

Tem havido também alguma especulação acerca das consequências negativas da tecnologia. Antes de haver estudos mais sérios sobre os efeitos negativos que poderia causar o visionamento de conteúdos em 3D, era notório que um número significativo de pessoas se queixava de sintomas de enjoo, dores de cabeça e visão momentaneamente afectada após um período relativamente longo de visualização (2 a 3 horas). No entanto, devido ao aumento da procura e do interesse nesta tecnologia, só recentemente (nos últimos 2 a 3 anos) começaram a ser feitos estudos mais rigorosos e com maior amostra estatística. Ainda assim, os perigos para a saúde do espectador, a extensão dos possíveis danos e outras preocupações relacionadas carecem de mais estudo.

Dois estudos conduzidos pelo professor Martin Banks, da Universidade de Berkeley, concluíram que a visualização de conteúdos em 3D altera a junção de duas funções básicas do sistema visual humano, que ao ver conteúdos reais estariam naturalmente acopladas – a acomodação e a divergência/convergência). Esta adulteração causou nas pessoas testadas (que tinham entre 18 e 30 anos) sintomas de fadiga, desconforto, vista esforçada e dores de cabeça. O autor do estudo prevê que estes sintomas não sejam tão fortes em pessoas a partir dos 50 anos pois a partir dessa idade as funções oculares não funcionam tão bem.

Um estudo conduzido pela YUVsoft, conclui que, dado que a percepção de visão estéreo é adaptativa consoante as profundidades, devem ser evitadas mudanças amplas de profundidade nas imagens, pois pode causar desfocagem na visão estéreo normal.

Também a Samsung emitiu um aviso oficial através do seu site acerca do visionamento de conteúdos em televisão 3D com óculos, alertando para possíveis sintomas de mau estar e vista cansada e esforçada. O aviso também pede especial atenção e acompanhamento em crianças.