Um exemplo da profunda marca que o .mp3 deixou no mercado é o facto de hoje em dia os leitores de música digitais, serem comummente chamados de leitores de .mp3. Isto indica peremptoriamente a penetração que o formato teve e tem no mercado actual.
O formato .mp3 trouxe indirectamente consigo uma das maiores revoluções na indústria musical.
O formato de música digital, do qual o .mp3 foi praticamente pioneiro, trouxe consigo uma enorme mudança no mundo da música e em toda a indústria que rodeia a mesma. Os hábitos das pessoas mudaram, a música já não é algo estático a nível de mercado, a típica compra do álbum na loja mudou bastante com a era digital. O mercado exige mobilidade, facilidade de compra, portabilidade, dinamismo e obviamente interoperabilidade, algo que o .mp3 e nomeadamente a música digital trouxeram.
Da necessidade de responder à procura do mercado, foram surgindo diversas lojas online de venda de música. O iTunes é um um desses casos, sendo possivelmente o maior caso de sucesso no mercado digital. O surgimento das chamadas webstores foi antecedido pelo despoletar das redes P2P. O Napster, possivelmente o programa Peer-to-Peer mais mediático de todos os tempos, foi em grande parte o responsável pelo surgimento anos mais tarde das primeiras lojas online de música. Tal foi possível pois o Napster passou a ser perseguido e processado diversas vezes pela indústria da música, com acusações de fomentar a troca ilegal de ficheiros de música protegidos por direitos de autor. No culminar de todo o processo e acusações o Napster acabou por se transformar numa webstore legítima, abrindo um precedente na história do mercado musical. Foi assim que empresas como a Apple com o seu iTunes surgiram no mercado vendendo conteúdo a preços mais acessíveis de forma a colmatar uma lacuna deixada pela própria indústria fonográfica.
 
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