O primeiro passo para aumentar a capacidade dos discos foi diminuir o espaçamento entre os buracos, como ficou claro na figura 6. De seguida, tentou-se aumentar a capacidade utilizando várias camadas para gravar os dados, até um total de 4, duas de cada lado do disco. Os avanços na área da óptica conduziram à evolução dos lasers que tornaram possível esta opção, assim sendo nasceram as várias gamas de capacidades em DVD’s.
· DVD-5
A primeira, o DVD de uma única camada, também conhecido por DVD-5, consiste em 2 substratos de policarbonato com 0,6 mm que são unidas de forma a criar um disco com 1,2 mm de espessura, a camada estampada do disco é obtida através de uma camada fina de alumínio que por ser reflectivo permite ao laser detectar o padrão de dados do disco. Este tipo de disco permite uma capacidade 4,7 GB. [2]
Figura 9: Camadas de um DVD-5 [2]
A figura 9 apresenta de forma esquemática as camadas, faladas anteriormente, de um DVD-5.
· DVD-9
Outro tipo de DVD é o DVD-9 que utiliza 2 camadas separadas para armazenar informação, a camada mais próxima do laser é composta por uma cobertura semi-reflectiva que permite ao laser focar nela e ler também a camada inferior de material mais reflectivo. Neste esquema, a capacidade do DVD aumenta para 8,5 GB. [2]
Figura 10: Camadas de um DVD-9 [2]
· DVD-10
O DVD-10 tem à mesma dados em duas camadas mas ao contrário do tipo anterior a informação está gravada nos dois substratos, de tal forma que para ser lido tem que ser fisicamente virado para se ler a face oposta. Por utilizar os dois substratos esta configuração permite uma capacidade de 9,4 GB. [2]
Figura 11: Camadas de um DVD-10 [2]
Na figura 11 estão patentes as diferenças entre o DVD-9 e o DVD-10, no primeiro o laser lê as duas camadas do mesmo lado enquanto que no segundo o laser incide dos dois lados do DVD.
· DVD-18
O último modo, e também o mais complexo e caro de produzir, é o DVD-18 que inclui dados nas duas camadas e a dois níveis diferentes. Esta configuração permite uma capacidade de 17,9 GB mas para se aceder a toda a informação tem que se proceder como com o DVD-10, isto é, é necessário voltar o DVD para aceder às duas camadas da outra face. [2]
Figura 12: Camadas de um DVD-18 [2]
Pode-se verificar a complexidade envolvida na leitura de um DVD-18 através do esquema apresentado na figura 12.
O processo de gravação físico dos DVD’s é muito semelhante ao dos CD’s, no entanto como a quantidade de informação envolvida é bastante superior requer a presença de memórias para assegurar que o fluxo de dados na gravação não seja perturbado, estas memórias são chamadas de buffers.
De notar que o DVD apresenta melhor relação capacidade/preço que o CD, isto é, paga-se menos por cada gigabyte em DVD do que num CD, se isso fosse possível. [2]
Figura 13: Relação entre preço e capacidade de vários suportes [1]