5. Conclusão

Depois de quase duas décadas de existência de codificadores de áudio no mercado, é curioso pensar que o codec mais utilizado actualmente continua a ser o primeiro a ser lançado no longínquo ano de 1991. Apesar da constante evolução do MP3, que lhe permite continuar actual, o factor mais importante para o acontecimento deste fenómeno prende-se essencialmente com as particularidades do mercado. Este é constituído por pessoas, e não por máquinas. É fácil perceber então que para se conquistar o mercado é necessário oferecer mais do que novas funcionalidades e características. Resta saber se o AAC conseguirá finalmente substituir o MP3, seguindo a linha traçada pelo MPEG.

Ainda assim, tecnicamente, existem muitas dúvidas em relação à direcção a tomar por parte dos criadores dos codificadores de áudio. Será que vale a pena procurar novas formas para aumentar ainda mais a compressão dos ficheiros de áudio? Dada a constante diminuição dos preços das memórias, que cada vez armazenam mais dados, e o iminente salto para a tecnologia da fibra óptica, parece ser mais indicado investir num aumento do débito binário, de modo a se retirar o máximo partido das novas tecnologias.

Seguindo esta linha, assiste-se actualmente a um crescimento do mercado dos codificadores lossless. É previsível que este tipo de codificadores comece a ser utilizado não só por audiófilos, mas também pelo público em geral. Este facto deve-se essencialmente à boa relação compressão/qualidade de som que estes codificadores oferecem, principalmente considerando os novos requisitos em termos de memória. [8]

Finalmente, e tal como na maior parte dos mercados, será difícil que os codecs proprietários deixem de dominar o mercado, isto porque são esses mesmos proprietários que desenvolvem o software e o hardware em que os codificadores são utilizados.