Desde que a digitalização áudio se tornou uma realidade, o homem tem procurado tecnologias que possibilitem a redução do número de bits necessários para representar um sinal de áudio. Quer seja para poupar espaço no seu armazenamento ou para permitir a sua transmissão em canais de limitado débito binário, esta redução é sempre bem-vinda, desde que não prejudique a qualidade final do sinal áudio descomprimido, nem eleve a complexidade computacional a um nível pouco acessível para o hardware disponível.

Apesar de existirem investigações sobre este assunto desde finais do século XIX, foi a partir do início da década de 90 que a busca pelo codec (codificador e descodificador) de áudio perfeito começou em força. Utilizando como principal base os conhecimentos científicos sobre o sistema auditivo humano, o objectivo era, e continua a ser, poupar o maior número de bits possível sem que o humano se aperceba. Ou seja, explorar ao máximo as fragilidades do ouvido humano.  

Com o lançamento do primeiro codificador de áudio e com o interesse em si demonstrado, originou-se uma “guerra” entre os vários fabricantes de codificadores, com concorrência a surgir de todos os cantos do mundo. A constante luta pela liderança do mercado dos codificadores de áudio acaba por resultar numa também constante evolução dos mesmos, contribuindo para a elevação dos padrões gerais da tecnologia.

Aproveitando as novas tecnologias de compressão oferecidas pelos codificadores são desenvolvidos novos produtos e serviços que se tornam rapidamente fenómenos de popularidade entre toda a comunidade. Assim, com a crescente demanda por estes novos produtos e serviços (leitores de áudio portáteis, lojas online de música, etc.), o interesse em volta dos codificadores de áudio intensifica-se, passando estes a ser considerados cruciais para o sucesso e rentabilidade de novas tecnologias ligadas à reprodução ou transmissão de áudio.

 

Codificação de Áudio: A Guerra dos Formatos