Novas formas de jogar
A Nintendo trouxe para o mercado uma consola com tecnologia mais antiga e mais barata que as duas consolas concorrentes, conseguindo ainda assim obter uma grande parte do mercado. Isto motivou as restantes marcas a desenvolver algo dentro do mesmo conceito da Wii, para que os seus jogadores pudessem jogar também jogar com o movimento ao invés do normal comando. Em 2010, a Sony lança o “Move” um sistema de fins semelhantes ao da Wii, adicionando ainda uma câmara que captava imagens do jogador para o integrar no ambiente do jogo.[19] No mesmo ano, a Microsoft lança o kinect, aquele que se diz ser o sistema “mais avançado” dos 3. Nesta versão não é necessário qualquer comando, apenas um sensor que usa duas câmaras de forma a detectar a 3 dimensões a posição do corpo do jogador, que interage com o jogo mexendo os braços ou as pernas, figura 10. [20]
Figura 10 – “Acompanhamento” do corpo pelo Kinect
Na verdade já antes tinham sido implementados jogos que interagiam de maneira diferente com os jogadores. Há por exemplo, o Virtual Boy (figura 11), lançado pela Nintendo em 1995. A consola era composta por um comando e dois pequenos ecrãs, que se prendiam na cabeça num género de capacete, dando a ideia de 3D. No entanto esta consola não teve sucesso, como muitos outros jogos com ideias “revolucionárias” mas baseados em tecnologia que ainda não estava suficientemente madura para produzir um jogo atractivo. O virtual boy foi descontinuado no mesmo ano em que foi lançado.[21]
Figura 11 – Consola Virtual Boy
Para além de jogos controlados pelo movimento aparecem ainda outros que fogem ao estilo normal de jogo até aqui. Um dos grandes casos de sucesso foi, por exemplo, o SingStar, um jogo de karaoke criado para a Playstation 2 em 2004, ou a serie Guitar Hero (GH), criada também para a mesma consola mas estendido para a Wii e para a Xbox. Os jogos da série GH necessitavam de controladores diferentes, em forma de guitarra, e o objectivo do jogo era tocar músicas, de autores conhecidos, em que as teclas serviam para simular a marcação de um acorde. Em versões seguintes, foi lançado também uma bateria, em que os botões eram os tambores e os pratos, tocados não pelos dedos mas por baquetas, de modelo igual aos de uma bateria verdadeira, figura 12. Foi ainda incluído um microfone, que trouxe karaoke de uma forma semelhante ao já referido SingStar.
Figura 12 – Controladores do jogo Guitar Hero