O primeiro videojogo foi desenvolvido em 1958, como necessidade de criar um dispositivo original e interactivo para melhorar a qualidade das visitas às instalações de um laboratório em Brookhaven, perto de Nova Iorque. [2]

Este “videojogo” simulava um jogo de ténis (tennis for two) que rapidamente obteve sucesso perante os visitantes ao laboratório. Era composto por um computador analógico, concebido especialmente para este jogo, ligado a um osciloscópio, com controladores feitos em blocos de madeira e interruptores simples. Contava com um sistema físico realista que simulava vento, gravidade e colisões da bola com o chão, raquetes e a rede, com o auxílio de válvulas e transístores (dispositivos recentemente inventados na altura). Na figura 1, está uma foto deste sistema, onde é possível verificar o enorme tamanho da “consola” em relação ao “ecrã” de jogo.

Figura 1 – Primeiro videojogo

Várias investigações começaram a surgir dentro desta área e em 1962, um grupo de estudantes do MIT desenvolve o SpaceWars que ocupava 2KB, para o primeiro computador, constituído por transístores ao invés das usuais válvulas.[3] O objectivo era demonstrar as capacidades dos computadores e arranjar um programa que envolvesse o usuário de maneira atractiva e prazerosa.

Esta área tornou-se atractiva e começaram a surgir empresas como a atari e a magnavox que conceberam consolas para o uso doméstico através da ligação à televisão, como substitutos das arcadas que não possibilitam ao utilizador ter em casa, devido ao seu elevado custo. Nesta altura, as consolas eram lançadas com um só jogo e não tinham a capacidade de o trocar. Como forma de se adaptarem às constantes evoluções tecnológicas e de se posicionarem no mercado, as consolas tinham pouco tempo de vida e um exemplo disso foi a série Pong, que chegou a lançar três versões num só ano. [4]

O mercado das consolas encontrava-se num nível elevado de rentabilidade mas em 1983 deu-se uma crise na indústria de jogos [5], devido à grande quantidade de jogos com baixa qualidade. Os consumidores começaram a desistir de comprar jogos e a preferir os computadores, acabando desta forma, com grandes empresas de consolas (Colecovision, Sega x500111, SG-1000, Vectrex, Intellivision, Odyssey) dando por terminado a segunda geração.

Os computadores tinham na altura mais vantagens em relação às consolas. Ao nível do programador, permite-o desenvolver os jogos directamente na máquina tornando o custo do jogo mais baixo, e ao nível do utilizador, dá-lhe a opção de melhorar o seu computador sem necessidade de o substituir na íntegra. Outra vantagem é que o computador permite a realização de outras tarefas fora do contexto de lazer, tais como processamento de texto.