Receptores



          O receptores de televisão tradicionais sintonizam os canais VHF (Very High Frequency) de 2 a 13 e os canais UHF, Ultra High Frequency, do 14 ao 83. Permitem que sejam utilizados os 12 canais VHF, não sendo dessa forma necessário nenhum equipamento especial adicional. Com a adição de mais canais os receptores de televisão passam a usar o espaçamento entre os canais 6 e 7 para fornecer mais 9 canais, referenciados de A a I. Como os receptores de televisão não sintonizam estes canais, os operadores de cabo inserem sintonizadores especiais ou conversores entre a rede de cabo e o receptor de televisão, diferenciado assim os canais da rede cabo.  A necessidade de equipamento especial para operar nestas bandas de frequências adicionais potencia a transmissão de programas pagos nessas bandas, para compensar o investimento no equipamento adicional [8].

          Com o crescimento do número de canais, as frequências imediatamente acima do canal 13 são também ocupadas, sendo os canais referenciados de J a W [8].

          Com o estabelecimento dos 35 canais torna-se necessário fornecer novo equipamento que permita a recepção nos receptores de televisão que até momento do acrescento dos novos canais apenas sintonizavam os canais tradicionais de rádiodifusão. Os conversores para os 35 canais começaram a ser disponibilizados aos utilizadores das redes de cabo. Os canais UHF 14 ao 83 não são utilizados na transmissão por cabo porque estes provocam uma elevada atenuação, para sinais em UHF[8].

          A evolução dos receptores levou ao aparecimento  de sistemas de controlo remoto e sintonização com controlo digital que que no inicio viam a sua utilidade reduzida devido à necessidade de ter os conversores de cabo em frente ao televisor, para seleccionar os canais de provenientes da rede cabo. Nestas condições o controlo remoto e a sintonização digital não poderiam ser usadas para a selecção dos canais. Este problema foi resolvido pelas set-top boxes actuais e pelos conversores cable-ready [8].