A distribuição de conteúdo audiovisual na internet tem crescido a um ritmo tremendo nos últimos anos, assim como também se tem verificado um crescimento no número de consumidores que estão dispostos a pagar para ver esses conteúdos [1]. Este fenómeno foi principalmente impulsionado pelo aparecimento do YouTube [2] e também pela necessidade que os utilizadores da internet têm de ver em qualquer local esses conteúdos. No entanto, tal necessidade ainda não é completamente satisfeita.
Nos actuais serviços de televisão, há consumidores que para terem acesso a certos canais, pagam uma mensalidade que pode atingir valores elevados. Se por qualquer razão, esses consumidores não se encontram em casa durante um certo evento que esteja a ser transmitido por um desses canais subscritos, perdem esse privilégio. Do lado do consumidor é vantajoso poder assistir aos canais pelos quais está a pagar em qualquer local. Por outro lado, em termos de negócio, esta nova forma de distribuição de conteúdos audiovisuais pode resultar num maior lucro tanto para quem os difunde como para quem os produz, como é o exemplo do caso das emissoras televisivas e operadoras móveis.
A internet é a solução para a difusão de conteúdos para este tipo de serviços televisivos. Para além de possuír um vasto número de opções técnicas, em termos de emissão não existe limitações geográficas, o que permite a distribuição de conteúdo audiovisual a uma audiência global [3]. É o âmbito deste artigo analisar em particular a distribuição de conteúdo audiovisual em tempo real na internet, ou também designado por, Televisão na internet (iTV do inglês internet Television).