REQUISITOS DE WATERMARKING
Segurança - Um algoritmo de marca d’água eficaz não pode assentar sobre a possibilidade dos atacantes não saberem qual o processo utilizado na incorporação da mesma. Ou seja, desenvolver uma técnica muito robusta e tornar o algoritmo público reduz a complexidade computacional para o atacante quando pretende remover a marca d’água. Algumas técnicas usam o objecto original no processo de extracção em conjunto com um gerador de chave secreta para criar a marca d’água.
Invisibilidade - Existem duas preocupações importantes no que respeita à invisibilidade da marca d’água. A primeira trata-se de tentar ocultar a marca d’água, tornando-a indetectável e, para tal, torna-se necessário explorar tanto o sistema visual como o sistema auditivo humano no processo de incorporação de marca d’água. A segunda questão prende-se com a invisibilidade estatística, isto é, uma pessoa não autorizada não deve poder detectar a marca d’água através de meios estatísticos. Por exemplo, um conjunto de obras digitais com o mesmo código de marca d’água não deve permitir a extracção da marca através de ataques com base estatística ou de repetição de padrões de sinal.
Robustez - Por outro lado, é uma situação comum, imagens digitais serem objecto de vários tipos de distorção, como compressão com perdas, filtragem, redimensionamento, realce de cor, rotações, entre outros. Nestes casos pretende-se que a marca d’água continue a ser detectável após a manipulação da imagem, seja ela qual for. Desta forma, é importante colocar a marca d’agua em partes perceptivamente significantes pois no caso da compressão com perdas, as zonas perceptivamente menos significantes são removidas, o que eliminaria também a marca d’água. Esta necessidade vem levantar ainda mais desafios à questão da invisibilidade.
É possível através deste exemplo perceber que os três requisitos mencionados (segurança, robustez e invisibilidade) se influenciam mutuamente e formam um triângulo de competição que levanta desafios à implementação desta tecnologia.