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A ilusão de profundidade é desde sempre uma pratica comum em televisão e nos video jogos. Com o recurso a técnicas como a perspectiva, a iluminação, a oclusão, a sombra e o gradiente de textura permitem criar uma noção de profundidade aos nossos olhos, a que se chama 2,5D. As imagens seguintes ilustram bem esta realidade.

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Técnicas para criar ilusão de profundidade


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a perspectiva, em que, através do ponto de fuga, se cria a noção de um objecto estar mais perto ou mais longe;

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a oclusão, que usa a sobreposição de objectos para criar uma falsa impressão de o objecto que se encontra por cima estar mais perto do utilizador;

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a iluminação, em que, usando o brilho, nos permite estimar o volume dos objectos;

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a sombra, pois nos permite criar uma visão espacial do que se esta a visualizar (no caso da figura, nota-se que a esfera está afastada da superfície e o cubo está assente);

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e o gradiente de textura, pois quanto mais distante, menor fica o padrão de repetição.

Porém, é graças à estereoscopia que nos é possível ver em três dimensões. A estereoscopia é qualquer técnica capaz de gravar e/ou apresentar informação visual tridimensional que proporcione a ilusão de profundidade numa imagem. A visão estereoscopica vem do facto de os nossos olhos estarem orientados na mesma direcção mas, ao ter uma distância entre eles (de aproximadamente 6,5 cm) vêem imagens diferentes. Essas imagens são depois processadas pelo cérebro humano, dando a noção de profundidade, distância e volume dos objectos, ajudando assim à criação do efeito 3D.

Outro fenómeno ocular importante é a acomodação do olho à imagem, processo pelo qual a potência óptica é alterada de forma a manter a imagem focada num objecto quando a distância é alterada. Desta forma garante-se que os utilizadores estão focados num objecto que aparece realçado em relação ao resto da imagem, o que melhora bastante o efeito 3D.

Devido ao facto de os nossos olhos não verem exactamente o mesmo, existe uma diferença entre as duas imagens observadas. Esta diferença, que dá pelo nome de paralaxe, é crucial para o cérebro calcular a distâncias entre os objectos que vemos, pois permite que o nosso cérebro faça uma triangulação entre os nossos dois olhos e o objecto visualizado. Quanto mais longe se encontra o objecto, menor é a diferença de paralaxe, e vice-versa.

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Triangulação efectuada pelo nosso cérebro

Todos estes fenómenos juntos dão uma ilusão de profundidade bastante boa e permitem a passagem do 2D para o 3D através de uma ilusão criada nos nossos olhos e interpretada pelo nosso cérebro.