As primeiras videovigilâncias começaram a ser projectadas em meados dos anos setenta, através de sistemas de circuito fechado de televisão (CCTV – Closed-circuit Television) ainda no domínio analógico. Os sistemas eram feitos basicamente com câmaras, multiplexadores, gravadores de vídeo (vídeo cassette recorders - VCRs) e ecrãs, utilizando grandes quantidades de cabo para transmitir e guardar em cassetes o sinal de vídeo.
Para a manutenção destes sistemas, os operadores tinham que mudar as cassetes manualmente quando estas ficavam cheias, o que acontecia várias vezes durante o dia devido à pouca memória existente nas mesmas. Estes sistemas requeriam vistorias frequentes, e habitualmente eram substituídos a cada 2 anos. No entanto, o grande ponto fraco destes sistemas era a procura de algo em concreto nas cassetes gravadas, processo que consumia muito tempo, e que devido a eventuais falhas dos operadores na substituição de cassetes ou manutenção geral, as gravações acabavam por ficar com baixa qualidade, tornando muito difícil a tarefa de por exemplo, encontrar uma prova nas gravações.
Por volta dos anos noventa, e devido aos problemas enunciados atrás, começaram-se a substituir os sistemas antigos por gravadores digitais (Digital vídeo recorders - DVRs) assim que estes ficaram disponíveis.
Trabalhando no domínio digital, as gravações efectuadas eram guardadas automaticamente no disco rígido de um computador, e no caso de este esgotar a memória, as gravações mais recentes substituiriam as mais antigas, permitindo assim uma gravação contínua e sem interrupções. Caso fosse desejado, as gravações poderiam ser transferidas para cassetes de modo a serem arquivadas.
Sendo o processo de arquivo automatizado, deixou-se de ter degradação de qualidade nas gravações, e embora se possa pensar que este sistema seja mais caro devido à progressão de analógico para digital, tal não se verifica, pois a necessidade de mão humana é mais reduzida, traduzindo-se num custo total mais baixo.
Por volta do ano 2003, surgiram sistemas Network DVR, que conseguiam dar conta de várias entradas de diferentes câmaras, eliminando a necessidade de ter multiplexadores, e abrindo espaço para novas funcionalidades como zoom, controlo remoto, detecção de actividades com possibilidade de accionar alarmes e notificar os alarmes (p.e. através de email ou SMS). A procura de uma prova nas gravações tornou-se também muito mais prática pois podia ser encontrada instantaneamente caso fosse especificada uma data e tempo.
Ao longo do tempo foram existindo melhoramentos nas várias componentes da videovigilância, tal como a capacidade de memória, qualidade de gravação, e processamento, chegando ao sistema de videovigilância mais evoluído, o domínio IP (Internet Protocol) que será abordado posteriormente.
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