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Introdução
 
Desde o início dos anos 70 que a codificação de áudio é um tema sujeito a investigação. Inicialmente para transferir voz em alta qualidade por linha telefónica e, mais tarde, para a codificação de sinais de música. Contudo, só com o aparecimento do grupo MPEG (Moving Picture Experts Group) em 1988, associado à ISO (International Organization for Standardization) é que foi possível padronizar os processos de codificação, de forma a tornar a tecnologia interoperável. O MP3 (MPEG-1 Layer III) e o AAC (MPEG-2 Advanced Audio Coder) são dois formatos de áudio desenvolvidos pelo grupo MPEG com o objectivo de estabelecer normas internacionais para a codificação de áudio. O MP3 corresponde à terceira camada da primeira norma de áudio, MPEG – 1 Áudio, existindo ainda duas camadas inferiores de menor complexidade, o MP1 e o MP2. As camadas de maior complexidade assentam-se nas camadas de menor complexidade. O AAC faz parte da segunda norma de áudio, o MPEG – 2, não compatível com o primeiro padrão, que tem como finalidade melhorar o desempenho obtido pelo primeiro. Estas duas normas de áudio nascem da necessidade de comprimir as amostras PCM (Pulse Code Modulation) dos sinais de áudio, com o intuito de reduzir os débitos necessários para transmiti-los e armazená-los. Para se conseguir taxas de compressão elevadas (da ordem das 8 a 20 vezes em relação à codificação PCM) tanto o MP3 como o AAC utilizam codificação com perdas, que exploram a irrelevância perceptiva do sistema auditivo humano, bem como a redundância estatística dos sinais de áudio, sem que exista perda de qualidade subjectiva em relação ao sinal original. O MP3 e o AAC têm aplicações em inúmeras áreas tais como: produção de áudio, transmissão de som televisivo, armazenamento digital, produção e distribuição de programas. Neste artigo vão ser expostos e comparados sucintamente ambos os formatos, tanto a nível tecnológico, como a nível do impacto no mercado.