DVB-T

O grupo Digital Vídeo Broadcasting que junta emissores televisivos, fabricantes de componentes electrónicos e reguladores desenvolveu esta norma. Esta norma foi adoptada por todos os países europeus, bem como outros países mundiais. É a norma mais usada em todo o mundo para a televisão digital terrestre.

Esta norma usa uma largura de banda de 7.8 MHz como é usado actualmente na Europa para o analógico. Os codificadores usados são o MPEG-2 e MPEG-4.

A norma DVB-T usa uma modulação OFDM (orthogonal frequency division multiplex) com um débito binário máximo de 24Mbits/s. Esta modulação é muito robusta, pois usa um número elevado de sub-portadoras, capazes de comportar condições bastante severas de transmissão.

Esta norma é muito versátil pois possui

-3 opções de modulação(QPSK, 16QAM, 64QAM)

-5 diferentes taxas de FEC

-Possibilidade de optar por portadores de 2k ou 8k

-Opera a larguras de banda de 6,7 e 8MHz

-4 intervalos de guarda

Conjugando os parâmetros acima mencionados podemos verificar o poder desta tecnologia, pois permite adaptar-se aos requisitos de um operador. É possível optar por mais robustez ou capacidade, permitindo difundir um número grande de serviços desde SDTV(televisão convencional), HDTV(televisão de alta definição), rádio e serviços via IP.

Uma grande vantagem desta tecnologia que não foi vista logo à partida foi a sua grande aptidão para receptores móveis, pois o uso da modulação OFDM permite aos operadores que com um certo intervalo de guarda, usar apenas uma frequência (SFN). Esta ferramenta poderosa permite sintonizar um operador e não ser necessário ressintonizar a frequência, ideal para a mobilidade. Outra característica é a modulação hierárquica, que permite que dois distintos sinais de dados sejam modulados num só sinal DVB-T. São eles um HP (alta prioridade) e LP (baixa prioridade), é pois possível os emissores desenvolverem receptores para serviços diferentes, como por exemplo um que use sinais em HP para receptores móveis e LP para televisão de alta definição.

 

ISDB-T

Em Setembro de 1997 o governo japonês apresentou uma nova norma para a televisão digital terrestre.

Este sistema é baseado no europeu DVB-T e opera com larguras de banda de 6,7 e 8 MHz. Possui uma codificação e compressão baseada no MPEG-2 e ultimamente deu-se também a implementação do MPEG-4 em especial do codec H.264.

Usa uma modulação ODFM, permitindo sub-modulações de DQPSK, QPSK, 16QAM e 64QAM. Esta diversidade torna possível disponibilizar serviços para receptores fixos e móveis. A largura de banda de transmissão é constituída por segmentos de 432 KHz. Treze segmentos fazem uma largura de banda de 5.6 MHz a um débito de 23.42 Mbits/s.

Os objectivos desta norma eram:

-Fornecimento de HDTV e SDTV

-Interactividade e interoperabilidade com o emissor

-Recepção móvil

-SFN(Single Frequency Networks)

 

ATSC

Este sistema criado em 1982 que significa Advanced Television Systems Comittee é o sistema usado nos EUA, no Canadá e no México. O objectivo deste sistema foi de substituir o velho NTSC.

As principais características do ATSC são uma resolução de imagem máxima de 1920*1080 pixeis em 16:9 e  audio com qualidade de cinema Dolby Digital AC-3 em 5.1.

Este sistema usa modulação 8-VSB a um débito binário máximo de 19.39 Mbit/s para larguras de banda de  6 MHz.

Este sistema é bastante versátil em termos de resoluções e frequências de imagem. No caso da definições normais é possível obter resoluções de 640*480 (4:3) e de 704*480 (4:3 ou 16:9), sendo este caso o SDTV. No caso da alta definição há duas hipóteses, uma de 1280*720 e outra de 1920*1080. É de realçar que todas as resoluções suportam modos progressivos e interlaçados até 60 imagens por segundo à excepção da resolução de 1280*720 que só suporta o modo progressivo e da 1920*1080 que só suporta 30 imagens por segundo. Tal facto deve-se à época em que o sistema foi desenvolvido, pois era demasiado avançado. Observando a Figura 1 é possível ver as resoluções permitidas pelo ATSC e comparar o tamanho de ocupado por cada uma, bem como o seu aspect ratio.

 Fig 1 - Modos de visualização do ATSC

 

DMB-T

Sistema usado na China, sendo o último a ser lançado, tem hipóteses de vir a ser usado em vários países que ainda não decidiram que sistema adoptar, pois tem os terminais mais baratos.

 

Última Actualização: 25-05-2007