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O IPTV permite um conjunto variado de novas oportunidades de negócio, para as operadoras de telecomunicações. Isto porque agora passam a ter elementos para colocar, em prática, uma oferta Triple Play (Voz + Dados + TV), ou até mesmo Quadruple Play (Triple Play + comunicações móvel).

É portanto desta forma, que o acesso de banda larga passa a ser utilizado, não só para aceder à Internet, ou para a realização de chamadas telefónicas utilizando VoIP, mas também para assistir a TV. Passando, desta forma, a ser o meio de transporte de uma vasta panóplia de serviços digitais, até à residência do utilizador final, tornando assim viável o conceito de digital home convergence.

Tendo como base uma oferta mais completa, os operadores podem tirar partido disso mesmo, fidelizando os clientes e combatendo o desaparecimento do negócio de voz tradicional, aumentando ainda as receitas por utilizador.

 

Como encarar o bom e o mau


As expectativas em redor de IPTV aumentam, à medida que as barreiras tecnológicas têm vindo a ser eliminadas, ao longo do tempo. O aumento de banda ao nível dos serviços de banda larga, os algoritmos de compressão mais eficientes, ou até mesmo mecanismos de protecção de conteúdos, mais conhecidos como DRM, são claros exemplos disso mesmo.

Tal como existem incentivos, existem dificuldades e desafios, ainda por ultrapassar, para que seja finalmente possível tornar os serviços de IPTV numa realidade mais visível. Definir um modelo de negócio adequado, os atributos do serviço e uma estratégia comercial potencialmente vencedora, que satisfaça as necessidades dos utilizadores, tendo sempre em consideração as ofertas já estabelecidas no mercado, é um aspecto chave para uma proposta bem sucedida.

 

Não descorando o plano comercial, anteriormente referido, existe um factor igualmente importante, que ainda pode constituir uma barreira para alguns operadores de telecomunicações, mais ao nível técnico, que se relacionam basicamente com dois aspectos: aquisição, manipulação e gestão de conteúdos; infra-estruturas tecnológicas que suportem a disponibilização dos serviços, desde toda a cablagem aos equipamentos terminais e intermédios.

Apesar dos desafios ainda por ultrapassar, os serviços de IPTV devem puder ser considerados como uma peça chave das operadoras de telecomunicações. Devem ser usados nas suas estratégias de ataque a novos mercados, assim como de defesa, em alguns casos, da sua principal fonte de receitas, os serviços de voz. Portanto, o IPTV constitui uma arma de conquista de clientes, basicamente através de conjuntos de serviços.
A velocidade, a necessidade e a forma como cada operadora deverá abordar o mercado, dependerá logicamente da sua estratégia, assim como da maturidade do mercado onde está inserida.

 


Lidar com o Cabo e o Satélite


Assumindo que os utilizadores adoram os novos serviços disponibilizados pela IPTV, os operadores europeus não conseguirão lucros muito altos com esse mesmo modelo de serviços, pelo menos a curto prazo. É o que revela o estudo divulgado pela Gartner.

A pesquisa efectuada pela consultora, revela que para competir com as empresas de TV por cabo e os operadores de TV via satélite, os preços para os serviços oferecidos em IPTV terão de ser baratos. Apenas assim será possível abranger um número significativo de clientes.

De acordo com o estudo, o total te utilizadores passará de 3.3 milhões de utilizadores no final de 2006, para 16.7 milhões em 2010. As receitas geradas com os serviços, no entanto, não crescerão ao mesmo ritmo, passando de 336 milhões de euros (406 milhões de dólares) em 2006, para 3 biliões de euros em 2010.

Alguns países na Europa já oferecem serviços. A França lidera com cerca de 1.7 milhões de assinantes até final de 2006. Segundo a Gartner, o país deve totalizar 5 milhões de utilizadores até 2010. Na Alemanha, o total de assinantes seria, segundo o estudo, no final de 2006, cerca de 47 mil, chegando aos 2.8 milhões em 2010.