Trabalho realizado por:
Gil Reis
Nº 53131
MERC
Hugo Santos
Nº 56003
MERC
O Futuro da IPTV
Como vimos, estão a começar a surgir no mercado soluções de IPTV, mas a sua penetração no mercado é ainda muito baixa. Que futuro poderá então esperar-se para a IPTV? Quais os principais aspectos que devem ser melhorados para que a IPTV tenha sucesso a médio e longo prazo?
Neste momento o principal entrave à generalização do uso da IPTV é a dificuldade em garantir banda larga suficiente em casa de todos os utilizadores. Por exemplo, se cada canal utilizar cerca de 4 Mbit/s de banda rapidamente chegamos à conclusão que se torna difícil conseguir ter mais de dois televisores ligados em simultâneo na mesma casa, lembrando que actualmente a maioria das pessoas dispõe de ligações ADSL de 8-16 Mbit/s, e muito raramente 24 Mbit/s.
Assim sendo, um cliente que possua um serviço analógico de TV que lhe permita ter 10 televisores em casa sem quaisquer problemas, dificilmente irá querer mudar para a IPTV. Por outro lado, a banda larga ainda não está disponível em todo o país. Os custos de instalação e as set-top boxes também poderão ser um entrave à mudança.
O problema da disponibilidade de banda larga deverá ser rapidamente ultrapassado, uma vez que assistimos a um crescimento constante da velocidade das ligações em DSL e cabo, e começam também a surgir as primeiras operadoras de Internet em fibra óptica até casa do cliente com débitos que rondam os 50 Mbit/s.
Se alguns destes problemas forem ultrapassados e houver aceitação do público em geral, a IPTV surgirá naturalmente como uma solução muito interessante num futuro a curto/médio prazo. A IPTV poderá revolucionar o mercado da televisão, gerando novas oportunidades de negócio, concorrência cada vez mais forte, soluções residenciais a preços cada vez mais competitivos e serviços inovadores (como o caso de poder gravar episódios de um determinado conteúdo televisivo por SMS (Short Message Service); ou de visualizar canais pré-pagos em terminais moveis, sem que estes estejam interligados com a STB; e por fim o caso em que se pode fazer uma chamada em videoconferência através da televisão).
Num futuro muito próximo, um grande número de portugueses terá em sua casa um sistema IPTV como o do ilustrado pela Figura 8:
Espera-se que dentro de uma década, já todos os aparelhos eléctricos possam possuir um LCD, seja para difusão de programas televisivos, seja para simplesmente utilizar para maior comodidade e segurança alimentar, como é o exemplo do Internet Fridge.
Não é ainda possível prever se a IPTV é a solução a adoptar no futuro, mas possui à partida alguns ingredientes que a colocam numa posição de vantagem.