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Perspectiva Histórica

    O termo “alta-definição” surgiu, em 1936, para classificar um conjunto de sistemas de televisão na Grã-Bretanha que utilizavam 405 linhas num sistema a preto-e-branco, e, posteriormente, para caracterizar o sistema Americano de televisão, NTSC, adoptado em 1941 [4]. Deste modo, o termo “alta-definição” só é empregue quando comparado com os sistemas anteriormente adoptados. Actualmente (mais concretamente após a adopção do DVB), definem-se como sistemas de definição standard (SDTV) o sistema NTSC, com resolução de 525 linhas em 4:3, e os sistemas PAL e SECAM, com 625 linhas também em 4:3. Desta forma, designa-se por televisão de alta-definição (HDTV) ao sistema de televisão que possui maior resolução (mais de 1000 linhas por imagem em 16:9) que os sistemas tradicionais já mencionados.

 

No ano de 1970, a “cadeia de televisão Japonesa”, NHK, iniciou o desenvolvimento de um sistema de televisão de alta resolução, em formato analógico e wide-screen [5]. O sistema, denominado de MUSE NHK(Multiple Sub-Nyquist Sampling Enconding), usava compressão digital de vídeo, sendo que a transmissão se dava em FM depois de uma conversão D/A. O MUSE é caracterizado por uma resolução com 1125 linhas em 5:3, frequência de refrescamento de imagem de 60Hz e uma largura de banda em banda de base, no mínimo, de 8.1 MHz. Este sistema foi proposto nos EUA e, posteriormente, rejeitado, a par de outros sistemas analógicos, devido à sua larga ocupação espectral.

 

Em 1986, a comissão Europeia propôs igualmente uma norma para a transmissão analógica designada por HD-MAC, que ocupava cerca de 36 MHz no espectro. Tal como no caso anterior, a norma não obteve aceitação, sendo o seu desenvolvimento terminado em 1993 [6].

 

Com o aparecimento da norma MPEG-1, surgiram novas oportunidades para o desenvolvimento da televisão. Após a conclusão da norma MPEG-2 (1993), a organização DVB (Europa) e um conjunto de empresas Norte-Americanas em cooperação com o MIT desenvolveram, respectivamente, o DVB-T/S/C (T - terrestre; S – satélite; C - cabo) e a ATSC como normas para a televisão digital (SDTV e HDTV) baseada em MPEG-2. Estas normas, por utilizarem técnicas avançadas de compressão e modulação, são altamente eficientes no uso do espectro. O Japão desenvolveu, posteriormente, uma versão modificada do DVB, denominada ISDB.

 

A ITU-R constituiu um gabinete com o objectivo de estabelecer, sem sucesso, uma única norma para HDTV. A principal barreira ao desenvolvimento do sistema único é a frequência de refrescamento da imagem que varia dos 25/50 Hz, na Europa, aos 30/60 Hz, nos Estados Unidos. No entanto a ITU-R conseguiu chegar a acordo em relação à proporção largura-altura, sendo escolhido o 16:9.

 

O sistema HDTV da ATSC teve a sua primeira emissão em 1998, na cobertura de uma missão espacial, sendo que a primeira emissão na Europa se deu no 1º dia do ano de 2004 no concerto tradicional de Ano Novo de Viena.

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