Tanto um disco DVD como um Blu Ray podem estar disponíveis em diferentes formatos, resoluções, etc. Antes de enunciar os suportados por cada um, far-se-á uma breve introdução aos conceitos tratados.
Aquando da concepção do sistema de televisão fixou-se o número de imagens por segundo em 25 em grande parte dos países europeus e 30 nos Estados Unidos. Este número contudo trazia o problema do flicker, uma cintilância perceptível ao olho humano. Face à necessidade de duplicar o frame rate para se reduzir o efeito e à não disponíbilidade de largura de banda que isso implicava, optou-se por uma solução intermédia – a duplicação do número de campos e manutenção do número de imagens. Assim, exibe-se primeira as linhas ímpares – um campo – e só depois as linhas pares – outro campo. Este método contudo, com o advento dos large screens, televisões HD e plasmas, acarretava uma pobre qualidade de imagem pelo que os televisores passaram a executar uma técnica –line doubling – que consiste em "adivinhar" uma linha, combinando a linha imediatamente acima e abaixo prefazendo uma imagem completa exibida em modo progressivo no ecrã. Os DVDs e Blu Rays podem ser formatados em modo progressivo – cada campo diz respeito a uma imagem completa – ou em modo entrelaçado – cada campo representa meia imagem.
Os dois sistemas dominantes utilizados para a emissão de conteúdos televisivos são o PAL (Phase Alternating Line) e o NTSC (National Television System(s) Committee). Estes nomes foram mantidos quando se refere ao tipo de formatação a que os conteúdos de um disco de vídeo está sujeito, por conveniência e convenção histórica. No seu núcelo, aquilo que um DVD ou um Blu Ray contêm são ficheiro de dados com informação aúdio-visual. Quando esta informação é gravada num disco, é escolhida uma determinada resolução e taxa de imagens por segundo. Consoante o número de linhas e colunas que compõem uma imagem, e o número de imagens reproduzido por segundo, diz-se que o conteúdo foi formatado segundo PAL ou NTSC. O primeiro é caracterizado por uma resolução mais comum de 720 por 576 pixel e um frame rate de 25 imagens por segundo. O segundo apresenta menor resolução, de 720 por 480, apresentando contudo um maior número de imagens por segundo – 30. A maior densidade de elementos do sistema PAL permite imagens mais detalhadas e definidas – melhor resolução espacial- enquanto que o maior número de imagens do sistema americano permite transmitir uma melhor percepção de movimento – melhor resolução temporal. Sendo que as produções cinematográficas são filmadas e exibidas nas telas de cinema a um frame rate de 24 imagens por segundo, impõem-se um problema aquando da sua transferência para disco. Posto que o sistema PAL utiliza mais uma imagem por segundo havia que resolver este conflito por forma de uma de duas possíveis soluções: a primeira, pouco adoptada, consiste em reproduzir as 24 imagens num segundo, sendo que a última é mostrada duas vezes. Esta técnica tem como desvantagem uma pausa perceptível no vídeo a cada intervalo de um segundo devido à imagem adicionada. A outra técnica, mais complexa, mas com melhores resultados, é mostrar 25 imagens de filme em cada segundo, ou seja, são reproduzidas as 24 imagens que cabem num segundo de filme e ainda mais uma do próximo intervalo temporal. Assim, aquilo a que estamos habituados a ver quando reproduzimos um DVD em casa é de facto um filme acelerado quando em comparação com o original em 4%. Isto resulta num conteúdo com duração 4% menor e obriga ainda a que a mesma técnica de aceleração seja aplicada ao áudio, não sendo no entanto perceptível para a maior parte dos espectadores. No caso do NTSC, pela maior diferença no número de imagens por segundo, esta técnica já não é aplicável. Assim, as soluções encontradas foram o 3:2 Pull Down, que transformam 24 imagens em 30. Aqui, a primeira imagem de filme é representada por dois campos, a segunda por 3 campos, a terceira novamente por dois e assim sucessivamente. No filme ter-se-ia imagem A campo ímpar – A campo par – B campo ímpar – B campo par – C campo ímpar – C campo par. Com o 3:2 Pull Down tem-se A – campo ímpar – A campo par – B campo ímpar - B campo par – B campo ímpar – C campo Ímpar . A maior parte dos leitores americanos é incapaz de reproduzir vídeos em formato PAL enquanto que é comum os leitores europeus conseguirem reproduzir DVDs em NTSC.
De forma a permitir uma melhor reprodução de um conteúdo armazenado num DVD num televisor HD, surgiu uma técnica de sua denominação upscalling, implementada com recurso a conexões auxiliares HDMI ou VDI, ou ainda com recurso a funcionalidades internas a alguns leitores de DVD. Esta consiste na realização de operações matemáticas que ajustam o menor número de pixels que cada imagem num vídeo DVD possui ao número de elementos presentes num televisor de alta definição, simulando uma imagem deste tipo, diferente e mais pobre, contudo, quando em comparação com uma imagem HD original.
No caso do DVD, são indicados também o sistema e codecs utilizados. Todas as resoluções são compatíveis com o aspect ratio de 4:3. Só a resolução de 120x576 e 720x480 pixel é que suporta 16:9 através de DVD anamórfico.