A sigla DVD refere-se a Digital Versatile Disc, um suporte digital de informação que surgiu como o natural sucessor do VHS para a distribuição comercial de títulos vídeo ( pode-se mencionar também o CD-Video que surgiu cronologicamente entre ambos, gozando contudo de pouco sucesso no que aos Estados Unidos e Europa diz respeito). Materializado num disco de 12 cm de diâmetro, 1.2 mm de espessura com um buraco de 15 mm no centro, o processo de leitura e escrita de um DVD faz-se com recurso a um laser de cor vermelha com comprimento de onda de 650 nm. No acto da escrita um laser de elevada potência incide sobre a superfície do disco queimando certas zonas, designadas de sulcos ou cavidades – pits – e deixando outras intocáveis, as áreas planas ou lisas – lands. Assim se inscreve a linguagem digital e binária de uns e zeros, sulcos e zonas planas, respectivamente, através da qual o disco e os seus demais reprodutores "falam" entre si. Aquando da leitura de um DVD, um laser , de menor potência do que o de escrita, emite luz sobre a superfície do mesmo, num movimento espiral de dentro para fora, percorrendo as trilhas – tracks – e reflectindo os raios de diferentes maneiras consoante a presença de cavidades ou áreas planas . O dispositivo fotodetector detecta a presença de luz após reflexão numa zona lisa, não lhe chegando qualquer raio quando a incidência se faz sobre um sulco – a diferença de fase entre a onda reflectida e a incidente é tal que ambas se cancelam. Quando os televisores denominados HD surgiram no mercado, novas exigências foram feitas respeitando o DVD – embora capacitado para armazenar vídeo de definição standard , a sua capacidade de armazenamento com limite máximo fixado nos 17 GB era insuficiente para os 22 GB estimados para conter os dados de 2 horas de vídeo em alta definição. Face a estes novos requisitos surgiram no mercado o Blu Ray e o DVD HD que travaram uma guerra ganha pelo primeiro. Com o mesmo diâmetro, espessura e comprimento do buraco central, o seu laser de cor azul e de comprimento de onda de 450 nm, permite uma maior precisão na escrita dos dados resultando num menor comprimento mínimo para a unidade básica de informação – sulco ou área lisa – 150 nm face aos 400 do DVD. Esta característica, aliada ao menor espaçamento entre trilhas adjacentes – 130 contra os 740 nm do DVD resultam numa maior densidade espacial de informação e consequentemente numa maior capacidade de armazenamento.. No processo de leitura de um Blu Ray, um laser azul percorre a superfície do disco e, aquando da incidência num sulco, de altura de um quarto de comprimento de onda do laser, é detectado no fotodetector um sinal desfasado em meio comprimento de onda ( um quarto no percurso de ida e outro no de volta), face ao sinal de maior intensidade e em fase recebido após incidência numa zona plana.