Introdução PsicoAcústica Codificadores Aspectos Legais e Económicas Futuro Conclusão Referências

 

Aspectos legais e económicos

 

                Aquilo que no final dos anos noventa parecia ser um avanço de certo modo fabuloso, no ponto de vista financeiro, acabaria por tornar-se numa arma redutora contra a indústria, principalmente, musical.
A possibilidade, através dos codificadores lossy, de ter uma biblioteca musical no computador, mais extensa, mais completa, com ocupação física reduzida, e a possibilidade de acesso a dados que hoje nos seriam praticamente impossíveis de obter, por exemplo vinis raros, e hoje uma realidade muito bem acolhida, e que tem estabelecido uma guerra quase sem fim em termos de direitos de autor.
Por outro lado, a comercialização dos codificadores abriu a possibilidade de existirem novos mercados.

 

4.1 - A guerra dos direitos de autores vs. Download

                A possibilidade de ter um ficheiro de música com um tamanho tão reduzido comparativamente com o ficheiro original, trouxe a oportunidade de adquirir música através da internet, de forma gratuita. O aparecimento das primeiras plataformas de download surgiu, sendo o programa Napster (1999) o pioneiro. O programa dava a possibilidade a qualquer utilizador com acesso à internet, através de um serviço legal, adquirir um produto, neste caso ilegal. Criando assim um conflito para toda a indústria musical.
                Os criadores do programa Napster foram as primeiras grandes “vítimas” do poder do codificador e da lei sobre os direitos de autores. Após muito tempo passado na barra do tribunal, o Napster acabou mesmo por cessar qualquer actividade, representando assim uma primeira grande vitória para a indústria discográfica.
                Passados 13 anos, continuam a existir plataformas de download, tanto através de programas, como através de sites internet. Nos finais de 2011 a justiça voltou a causar uma vítima, sendo este o criador do conhecido MegaUpload, um site que permitia o download directo de todo o tipo de conteúdo.
                Em 2012, vários países, incluído 22 dos estados membros da União Europeia, assinaram o acordo de comércio Anti-Counterfeiting, mais conhecido como ACTA. Não sendo este o único dos projectos de lei (SOPA e PIPA). Estes projectos tendem a limitar, censurar, e de certo modo controlar o conteúdo visualizado pelos utilizadores, criando assim uma onda de revolta, mesmo entre os próprios artistas.

4.2 - Aparecimento de novos mercados

                O aparecimento da possibilidade de passear com uma quantidade notável de música foi o grande motivo do desenvolvimento dos leitores de música portáteis. E hoje sem dúvida um dos mercados mais apetecíveis das grandes empresas presentes nessa indústria. No entanto, outros mercados surgiram, sobretudo devido à comercialização de música na internet.

4.2.1 – Leitor de CD (CD-MP3)

                Primeiro substituto do Walkman (leitor de cassetes), possibilitando a leitura de CD cujos ficheiros musica estão em formato MP3. Dando a possibilidade de ter até 700 (outros 800) Mb de música.

4.2.2 – MiniDisc

                Leitor comercializado pela Sony. Introdução de uma espécie de “disquete” com um mini disco lá dentro. Os ficheiros eram gravados no próprio leitor, em formato ATRAC.

4.2.3 – Leitor portátil

                Finalmente surgiu o leitor portátil. Vários dispositivos diferentes foram criados. Diferenciam-se pelo tipo de ficheiros que lêem, pela sua capacidade física e pelo seu design. Sendo que hoje em dia um dos produtos com mais quota de mercado é o Ipod, da marca Apple.

4.2.4 - Software de Download

                Curiosamente, o primeiro mercado que surge, é um mercado supostamente ilegal. Os criadores de software que permite fazer download, desde muito cedo se lembraram de criar uma versão para utilizadores mais exigentes, que através de uma “doação” tinham acesso a mais conteúdo e a uma maior velocidade de partilha. Os mais conhecidos são o Napster, Kazaa, eMule, Limewire e os famosos torrent.

4.2.5 – Compra de música online

                Com o encerramento do Napster e com a dimensão cujo problema dos direitos de autores estava a tomar, a Apple aproveitou para lançar o iTunes Music Store. Primeira tentativa realmente conseguida de comercialização da música em formato digital, de forma segura, protegendo casas de disco e artistas, através da utilização do formato AAC. Depois disso, e através do desenvolvimento do webdesign e da segurança na internet, diversos vendedores online apareceram, possibilitando ao utilizador a compra de músicas, codificadas em MP3.

 

 

 

 

 

 

 

 

Paulo Ganhão            Nº 57984
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