Sistemas de Telecomunicações

 
   
   
 
Resumo 1. Introdução 2. Infra-estruturas 3. Funcionamento 4. Limitações  
  5. Outras tecnologias 6. ADSL em Portugal 7. Futuro 8. Considerações Referências

 

ADSL

 

 
Trabalho realizado por: Gonçalo Antunes
 
 
 


Infra-estruturas e especificações técnicas

Especificações gerais

A tecnologia ADSL implementa uma técnica de modulação que permite a ligação de dados de alto débito sobre uma linha telefónica convencional. A grande diferença para os acessos dial-up é que os modems de ADSL utilizam uma banda mais alargada.

Os modems dial-up apenas utilizavam a banda destinada à voz, enquanto que os modems ADSL funcionam em frequências mais elevadas do espectro da linha, deixando o canal de voz desimpedido.

A tecnologia ADSL faz um aproveitamento da banda disponível no “par de cobre” da linha telefónica comum já existente. A divisão dos sinais por bandas na frequência permite uma utilização da banda disponível sem interferências mútuas. A figura 1 ilustra a divisão teórica da banda na linha telefónica do assinante.

São criados três “canais virtuais” por onde são distribuídos os sinais:

- um canal até aos 4KHz, é destinado ao serviço de voz;

- um canal de envio de dados ( upload );

- um canal para a recepção de dados ( download ).


- Figura 1 – Espectro de frequência da linha com serviço ADSL

Nota: a largura de banda e limite máximo de frequência (representados na figura 1) utilizada depende da modulação de sinal em uso, excepto para o canal de voz.

Equipamento

Para a implementação do serviço ADSL é necessária a presença de equipamento na central telefónica local e no terminal do cliente.

Splitter

O splitter não é mais do que um divisor de potência que permite a utilização do serviço de voz em simultâneo com o serviço ADSL sem interferências.

Ao passar pelo splitter , o sinal da linha, é filtrado:

- passa-baixo, sendo usado pelo telefone para o serviço de voz;

- passa-alto, sendo tratado pelo modem ADSL, para o serviço de dados.
A figura 2 representa o esquema de filtragem efectuada internamente pelo splitter .

Mais recentemente, os fornecedores de acesso à Internet têm disponibilizado pequenos dispositivos denominados “microfiltro”. Estes aparelhos efectuam a função de passa-baixo (semelhante à existente no splitter ). Na ausência de splitter na instalação do cliente, cada telefone constante no terminal de rede deverá ser ligado a um microfiltro, de modo a que seja cumprida a função de filtragem da banda do serviço de voz. A figura 3 mostra um “microfiltro”.


- Figura 2 – Função do splitter

 


- Figura 3 – Microfiltro

Modem ADSL

No terminal do cliente, existe o modem ADSL. Este equipamento permite a comunicação entre o terminal do cliente e a central local. Este é ligado ao computador ou rede local do cliente, permitindo o acesso de dados.

Existem dispositivos com vários tipos de interface de modems ADSL, entre os quais: os 10-Base-T (ligados à rede local, via Ethernet), os USB e PCI. A figura 4 mostra um modem ADSL.


- Figura 4 – Modem ADSL

DSLAM

Na central telefónica local, o dispositivo que efectua a comunicação com o terminal do cliente é denominado por ATU-C ( ADSL Terminal Unit-Central ), enquanto que no terminal do cliente a comunicação é feita através do modem ADSL, denominado tecnicamente por ATU-R ( ADSL Terminal Unit-Remote ).

A cada cliente de ADSL é atribuído, na central telefónica local, um ATU-C que efectua a comunicação com o seu modem ADSL. O DSLAM ( Digital Subscriber Line Access Multiplexer ), representado na figura 5, é o dispositivo que faz a multiplexagem dos vários ATU-C, limitando o débito de cada um (consoante o tipo de acesso contratado), para a rede de dados.


- Figura 5 – DSLAM