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Em 1998, iniciou-se a era da portabilidade do MP3, com o primeiro leitor portátil com memória flash para armazenar e tocar música (o MPman, equipado com 32MB de memória). Pouco tempo depois, surgiram leitores equipados com discos rígidos (por exemplo o Creative Jukebox) e leitores de CD portáteis com funcionalidade de ler MP3. Actualmente, os leitores de CD com leitura de MP3 praticamente deixaram de ser usados. Por outro lado, os leitores equipados com memória flash aumentaram em capacidade, diminuíram em tamanho e aumentarem a autonomia. Os leitores equipados com disco rígido diminuíram de tamanho e aumentaram a autonomia, tendo-se mantido a capacidade.

Figura 1 - Mpman, o primeiro leitor portátil de MP3
Em virtude da capacidade de poder armazenar milhares de músicas num pequeno leitor portátil, poder seleccioná-las, procurá-las por álbum, artista, título, género ou até mesmo por listas geradas automaticamente, o MP3 despertou, assim como em outros tempos o rádio e o walkman, um novo “boom” na procura de conteúdos musicais. Cada um pode agora carregar uma playlist inteira, sendo possível acedê-la por um toque de botão. Um leitor de MP3 pode armazenar, bem como apagar e regravar arquivos, de modo que estejam sempre pronto a tocar onde se desejar.
A grande maioria dos leitores actuais lê mais formatos para além do MP3, tendo muitos deles a capacidade de ouvir rádio FM, ver imagens ou até vídeos. Para além dos leitores portáteis de áudio digital, grande parte dos telemóveis actuais tem capacidade para ler MP3, tal como a maioria dos leitores de DVD.
Associando o MP3 ao aumento de largura de banda nas ligações à Internet, surgiram ainda rádios on-line que fazem streaming de áudio no formato MP3, sendo o sistema Shoutcast , um dos mais conhecidos. Muitas dessas rádios passam nos seus programas músicas de artistas menos conhecidos, que não têm a possibilidade de passar nas rádios tradicionais. Para além disso, muitas rádios tradicionais fazem amissões on-line, paralelamente à emissão por via hertziana.
Começam ainda a surgir outros usos, tal como fez a University of Washington que associou os ficheiros MP3 ao podcasting e criou uma forma de automatizar a gravação das aulas. Posteriormente essas aulas são disponibilizadas na página da disciplina através de RSS feeds , também de um modo automático.
Muitos Disk Jockeys passaram também a usar equipamento com possibilidade de leitura do formato MP3. Consequentemente, o preço dos equipamentos baixou bastante e surgiu software de DJing que dispensa qualquer tipo de hardware para fazer as misturas, para além de um simples computador.
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