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Fase de testes e lançamento

Em Portugal, o serviço piloto de IPTV foi lançado pela PT Comunicações, em Março de 2007. Após o final da implementação dos últimos head-ends na região de Monsanto, em Lisboa, deu-se início à fase de testes.

Durante três ou quatro meses, o novo serviço da PT será experimentado e testado, nas regiões de Lisboa, Porto e Castelo Branco. Em Junho, será iniciada a fase comercial deste projecto. Nesta fase, espera-se que cerca de cinco mil clientes, dessas regiões, tenham a oportunidade de experimentar a plataforma. Numa altura posterior, a PT Comunicações pertende ter o IPTV disponível para cerca de 40% do país, ainda durante o ano de 2007.
Relativamente ao preço, este ainda não se encontra definido, pois os preços da oferta de televisão em cobre só irá ser decidida posteriormente, conforme o resultado dos testes realizados.

 

Pormenores da oferta


Esta oferta de IPTV é baseada na tecnologia VDSL, que possibilita um ritmo de 100Mbps. Isto permite garantir o suporte a um conjunto de aplicações já existentes, em termos de velocidade de débito, como, por exemplo, a televisão.
Para se ter acesso a este serviço, os clientes necessitarão de instalar um router wireless em casa. A este equipamento estarão ligadas as STBs, através de um cabo ethernet ou de PLC. A STB tem como funcionalidade transmitir o sinal de TV, aos aparelhos, assim como as ligações de Internet.

Na versão comercial do produto, deverá ter-se acesso a um conjunto de entre 20 a 100 canais, com a possibilidade de controlo parental. Este serviço terá que enfrentar a concorrência do produto da Clix, a Smart TV, que também disponibiliza serviços de televisão sobre IP. Para além da Clix, o IPTV da PT Comunicações, também terá que enfrentar a concorrência da NetCabo, TV Cabo, Ar Telecom e Cabovisão.

 

Tecnologia IPTV da PT


A ideia base do IPTV é assumir um serviço como “triple play”, ou seja, pretende-se conseguir um serviço com integração de voz, Internet e televisão, numa única linha telefónica.

A seguinte figura representa um esquema de como se encontra dividido o IPTV, da PT Comunicações. Este é constituído por um Fornecedor de Conteúdo, tipicamente os canais de televisão, um Fornecedor de Serviço que engloba o DRM (Digital Rights Management) e o CRM (Customer Relationship Management). O IPTV também é constituído por um Fornecedor de Rede, que possui o QoS (Quality of Service). Por fim, temos o Consumidor, que é o alvo final do IPTV.
Segundo a PT, uma das vantagens do IPTV consite na sua enorme compatibilidade com os sistemas já instalados, nas redes de telecomunicações em Portugal. Estes sistemas permitem configurações simples ou mistas com VDSL2, ADSL e ADSL2, entre outros.

O IPTV permite disponibilizar televisão numa rede IP, ou seja, é possível ter acesso a televisão, através da Internet, se o utilizador possuir uma ligação Sapo ADSL, com um ritmo de transmissão de pelo menos 8Mb.

 

Arquitectura do IPTV da PT


Na seguinte figura representa-se a arquitectura de rede disponibilizada pela PT Comunicações, que permite que estes serviços, assim como muitos outros, estejam disponíveis através do IPTV.
Para que tudo isto seja possível, são necessárias plataformas de vídeo, de VoIP (Voice over IP), uma rede de transporte e agregação, assim como uma rede de acesso e, por fim, a rede doméstica. De seguida irá-se falar de cada uma desta componentes, em mais detalhe.

 


Plataforma de Vídeo: Possui um sistema externo que disponibiliza conteúdos de vídeo. Estes conteúdos são armazenados num servidor de vídeo.


Plataforma VoIP: Esta componente é basicamente constituída por uma PSTN (Public Switched Telephone Network) e por um conjunto de aplicações VoIP.


Rede de Transporte e Agregação: Nesta componente existe uma rede MPLS (Multi Protocol Label Switching), que trabalha em conjunto com outros protocolos de rede: IP, ATM (Asynchronous Transport Mode) e FR (Frame Relay).


Rede de Acesso: Esta componente apenas é constituída por um DSLAM, que permite que as linhas telefónicas realizem ligações rápidas à Internet. É um dispositivo de rede, normalmente localizado numa central da companhia de telefone (CO – Company Office), e que liga múltiplos clientes DSL a uma rede Internet de alta velocidade, usando técnicas de multiplexing. A DSLAM cria uma rede similar a uma LAN (Local Area Network), mas não está sujeita aos limites de distância do Ethernet.


Rede Doméstica: Esta componente da arquitectura pode tomar um conjunto variado de configurações, dependendo dos dispositivos físicos que estejam distribuídos pela casa do cliente. Cada televisão deve estar ligada a uma STB, que por sua vez estará ligada a uma gateway. A este equipamento poderá estar ligado um ou mais, telefones, assim como a computadores.