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Glossário |
Streaming refere-se ao acto de receber e reproduzir multimédia (vídeo ou áudio), em redes informáticas, enquanto este ainda está a ser enviado pelo fornecedor. Exemplos de streaming são rádios online e (num sentido mais lato) sites como o YouTube.
O streaming apresenta requisitos técnicos muito diferentes de uma mera transferência de ficheiros, pois neste caso os dados têm de entregues em sequência e a um ritmo mínimo (“tempo-real”). Uma vez que a Internet não tem mecanismos para dar garantias de entrega em tempo-real, os sistemas de streaming têm de usar vários métodos para tentar minimizar os problemas na reprodução.
Antes de tudo, é necessário haver adequação do ritmo binário (bit rate) do conteúdo à ligação existente. Isto normalmente é feito através da codificação do conteúdo em várias versões, em diversos bit rates, e o utilizador escolhe a mais apropriada à sua ligação – existem também sistemas que fazem esta escolha automaticamente e de forma adaptativa, de acordo com ritmo real que conseguem obter da ligação.
Depois há que fazer o buffering apropriado – que consiste em só iniciar a reprodução quando já se tem uma certa quantidade dos dados, que garanta a reprodução ininterrupta em caso de congestão na rede. |
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P2P, Peer to Peer, refere-se a uma arquitectura de transmissão de dados na Internet. Ao contrário da mais usual “cliente-servidor”, em que o cliente pede os dados ao servidor e este os envia, no P2P todos os intervenientes (peers) são simultaneamente clientes e servidores e, portanto, todos trocam os dados entre si. Desta forma, os peers partilham os seus recursos, tanto de armazenamento, como de processamento e, sobretudo, largura de banda, evitando a necessidade de ter um (ou vários) grande(s) servidor(es) que tenham capacidade para todos os clientes em simultâneo. A desvantagem é que os peers têm, individualmente, recursos muito limitados e são pouco fiáveis. Ao conjunto de ligações entre os peer dá-se o nome de overlay network, pois é uma rede construida “por cima” da Internet. |
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BitTorrent é um protocolo peer to peer para partilha de ficheiros pela Internet. O seu objectivo é permitir a rápida partilha de ficheiros de grandes dimensões através de muitos clientes sem que o distribuidor original (ou a primeira semente) precise de uma elevada largura de banda. Funciona com recurso a um servidor central (tracker) que mantém um registo dos clientes que existem numa determinada rede (há uma rede virtual por cada torrent, denominada swarm) e informa os clientes, a pedido, dos endereços IP dos clientes ligados à mesma swarm.
Uma característica importante é o sistema dividir os ficheiros em segmentos ("chunks"), sendo que cada peer envia aos demais a lista dos segmentos que tem e pede aos vizinhos os segmentos que não tem. |
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Content Distribution Network: são os sistemas comerciais tipicamente usados para a distribuição de conteúdos na Internet. Consistem numa rede de servidores, normalmente ligados a backbones, e distribuidos geograficamente ("edge servers") de forma a optimizar a entrega à (prevista) população de clientes.
Apesar disto, os fornecedores de conteúdos continuam a ter de pagar pela largura de banda que as suas streams consomem, aplicando-se, portanto, o “bandwidth crunch”.
Esquema de uma CDN (Akamai):

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Digital Rights Management, consiste num conjunto de tecnologias desenvolvidas para limitar o uso que se pode dar a formatos de multimédia digitais (reprodução, cópia, transferência...), com vista a impedir a proliferação ilegal de conteúdos licenciados para proteger os direitos de autor. |
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Forward Error Correction, consiste em acrescentar redundância a um código de forma a poder corrigir erros. No contexto de streaming, pode ser usado para criar várias substreams, espalhando a redundância por todas elas e permitindo recuperar os dados caso alguma falhe. |
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"Flash crowds" é um termo usado, entre outros, na Internet para referir situações, geralmente inesperadas, em que um número anormalmente elevado de utilizadores tenta aceder a um determinado conteúdo, o que por vezes acaba por sobrecarregar o servidor de tal maneira que os serviços ficam indisponíveis. Por exemplo, é frequente os sites de serviços noticiosos terem picos de procura quando acontecem eventos importantes - o 11 de Setembro foi o exemplo mais extremo. |
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Internet Service Provider, empresa que fornece o serviço de acesso à Internet. |
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The Long Tail, é o nome dado à demográfica de certos mercados, como o do entretenimento. Refere-se ao facto de que, numa abordagem simplista, 80% dos consumidores estão interessados em 20% do conteúdo, enquanto que o restante 80% interessa só a 20% dos consumidores. A lógica de negócio tradicional interessa-se apenas no conteúdo mais popular, mas com o aparecimento da Internet, e a sua facilidade em encontrar e distribuir conteúdo a custos mais baixos torna rentável a exploração dos conteúdos na "cauda", ou seja, os nichos do mercado.

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Multiple Description Coding, designa um paradigma de codificação audio/video em que uma stream é codificada em várias partes, designada por "descriptions", cada uma permitindo a descodificação total da stream (embora com menor qualidade). Cada description leva alguma informação que as outras não levam, e assim um receptor pode ir "coleccionando" várias para, combinando a sua informação, obter qualidade cada vez melhor.
O objectivo é, supondo canais com perda de informação, enviar várias descriptions, em paralelo por vários canais, podendo o receptor assegurar a descodificação ininterrupta, embora com degradação de qualidade. |
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QoS, ou Quality of Service (Qualidade de Serviço), refere-se à garantia de largura de banda ou, como em muitos casos, é utilizada informalmente para referir a probabilidade de um pacote circular entre dois pontos de rede. |
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RSS, ou Really Simple Syndication (RSS 2.0), é um subconjunto de "dialectos" XML que servem para agregar conteúdo da Web. É usado principalmente em sites de notícias e blogs, pois são sites em que o conteúdo é actualizado com frequência, permitindo assim aos visitantes saberem quais as novas entradas sem terem de visitar os sites que subscreveram no seu cliente de RSS (que pode ser um programa dedicado ou um browser), podendo de seguida aceder directamente aos conteúdos que mais lhes interessarem. |
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