Como já se percebeu, a televisão a tridimensional vem para revolucionar o panorama do vídeo digital.
O grande desafio que esta tecnologia enfrenta é o de proporcionar aos espectadores uma sensação de profundidade na imagem, tal como acontece em ambiente real.
O futuro da televisão 3D passará sobretudo pela tecnologia aplicada aos ecrãs, nomeadamente a auto-estereoscopia, holografia e ecrãs volumétricos.
A curto e médio prazo, os ecrãs auto-estereoscópicos e volumétricos irão dominar nos próximos tempos o modo de visualização 3D, uma vez que as técnicas aplicadas estão mais amadurecidas.
Os ecrãs holográficos demoraram ainda alguns anos até conseguirem uma massiva expansão, visto dependerem de SLMs (spatial light modulators) e CCDs (charge coupled devices) mais eficazes que os actualmente desenvolvidos.
Futuras tecnologias de codificação também terão um grande impacto, sobretudo ao nível da rede. Farão com que as larguras de banda requeridas ao 3D não expludam para valores insuportáveis à rede, potenciando a produção de material 3D.
Ao nível social, novas realidades surgirão. Realidades que actualmente ainda não são perceptíveis à maioria dos cidadãos, uma vez que a televisão 3D iniciou há pouco tempo o processo de comercialização.
A interacção entre o espectador e o conteúdo televisivo será de tal forma, que áreas como a medicina, o desporto, a música, o cinema, irão utilizar aplicações de TV 3D para melhorarem o seu desempenho.
Por exemplo, num jogo de futebol é muitas vezes necessário ao árbitro ter conhecimento da posição dos jogadores na altura de uma jogada. Através do ponto de visão apropriado e com recurso à televisão 3D, facilmente se validará ou não a jogada, promovendo o fair-play no jogo.
São exemplos como estes que permitem nos dias de hoje perceber como será o futuro do mundo audiovisual e a sua preponderância na sociedade.
Trabalho realizado por Ricardo Freire Cotilho, André Sérgio Silva e Tiago Lobato Carinhas
no âmbito da cadeira Comunicação de Áudio e Vídeo do curso de MEEC