Óculos de polarização 3D

     Lentes linearmente polarizadas usam polarização vertical numa lente e polarização horizontal na outra. Duas imagens são captadas de dois ângulos ligeiramente diferentes e são projectadas com um projector cada.

     Cada imagem tem de ter sido previamente polarizada da mesma forma que uma das lentes dos óculos de forma que cada imagem atinja o seu respectivo olho, o que é conseguido com lentes polarizadoras em frente de cada projector. A superfície na qual as imagens são projectadas é coberta com químicos especiais para não afectar o efeito da polarização.

     Assim produz-se um efeito 3D desde que os utilizadores mantenham a cabeça direita. Inclinar a cabeça irá “estragar” o efeito 3D, o que se entende observando a figura 8. Repare-se que se o utilizador inclinar a cabeça, as lentes polarizadas já não coincidem com as respectivas imagens polarizadas.


Luz a passar por polarizadores

      Nas lentes com polarização circular, uma lente é polarizada no sentido dos ponteiros do relógio, a outra no sentido contrário aos ponteiros do relógio. Com esta tecnologia, o efeito 3D é mantido se o utilizador inclinar a cabeça e além disso é apenas necessário um projector. Um polarizador circular tem de ser colocado à frente do projector. Este polarizador alterna rapidamente entre os dois sentidos de polarização para criar o efeito 3D, polarizando cada duas imagens consecutivas em sentidos inversos uma da outra.

     Os cinemas estão agora a fornecer óculos com lentes polarizadas para a visualização de filmes 3D. Foi esta a tecnologia, lentes circularmente polarizadas, que foi usada na transmissão e nos óculos que permitiram ver o filme Avatar de James Cameron no cinema em 3D. Essa emissão foi de 24 imagens (frames) por segundo para cada olho, ou seja, 48 imagens 2D correspondendo a 24 imagens 3D por segundo. Para reduzir o efeito de flicker projecta-se cada imagem 3 vezes no ecrã.

     Todo o equipamento envolvido em transmissões deste tipo no cinema é muito caro, excepto os óculos que são baratos.

     Esta tecnologia tem maior probabilidade de ser afectada por crosstalk que a tecnologia activa (imagem destinada a um olho ser parcialmente ou totalmente captada pelo outro, o que causa efeito fantasma).


Óculos de polarização 3D no cinema

     Ao ser usado apenas um projector, sistemas 3D para visualização de filmes no cinema que utilizam luz polarizada causam uma perda de brilho no ecrã ainda maior que no caso de uso de óculos activos. Isto deve-se à distribuição do conteúdo entre os dois olhos e aos próprios filtros polarizadores nos óculos que bloqueiam ainda mais radiação. Isto pode ser corrigido recorrendo a projectores mais brilhantes.


Óculos de polarização 3D

Prós:  Óculos baratos e de peso leve, imagens com um grande nível de detalhe e cor, boa qualidade de imagem.
Contras: Maior probabilidade de ocorrer crosstalk.

     Apenas a LG conseguiu até agora tornar a tecnologia de polarização circular viável para televisores. As restantes televisões 3D deste tipo no mercado usam polarização linear e reduzem a resolução do conteúdo 3D a metade da resolução do conteúdo 2D equivalente. Isto porque é feito o entrelaçamento das duas vistas 2D no ecrã (televisores da Vizio, por exemplo). Além disso estes televisores contêm o problema da inclinação da cabeça estragar o efeito 3D, embora este tipo de visualização seja menos afectado pela perda de brilho.