Internet Video Streaming

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Internet Live Streaming


Hoje, o vídeo tem um peso dominante no tráfego da Internet. De acordo com o relatório da Cisco, o vídeo na Internet atingiu em 2010 40% do tráfego total, prevendo-se que, até ao final de 2012, venha a atingir valores na ordem dos 50% e em 2015 cerca de 62% de todo o tráfego consumido. Estes valores são referentes maioritariamente a streaming de vídeo armazenado e streaming de vídeo em tempo real, não incluindo a partilha de ficheiros de vídeo através das conhecidas aplicações P2P (Peer-to-Peer).
Não se pode deixar de notar que este crescimento está em parte associado ao aumento das ofertas de largura de banda que permitiu aos utilizadores altas velocidades de acesso à Internet, possibilitando aceder a streams de vídeo com elevada qualidade. Apesar do mais preponderante em termos de tráfego ainda ser o streaming de vídeo armazenado, como o disponibilizado tradicionalmente pelo Youtube, o método de emissão de conteúdos Live tem recebido cada vez mais atenção e importância, principalmente na transmissão de emissões televisivas, videoconferências ou outros eventos diversos. Estas aplicações de Live Streaming destinam-se a um grupo massivo e heterogéneo de utilizadores e em simultâneo, como tal necessitam de se revelar escaláveis e de ser suportadas por algum mecanismo de multicast.


Não se pode falar de live streaming sem abordar o streaming de áudio, apesar de neste artigo este assunto aparecer quase sempre associado ao áudio integrado no vídeo, o streaming de áudio por si só é cada vez mais usado, por exemplo no broadcast das rádios a nível mundial, o que permitiu em qualquer lugar do mundo ouvir emissões ao vivo de rádios de qualquer país à escolha.
É importante tentar esclarecer bem a diferença entre alguns conceitos que são relevantes para a correcta compreensão deste artigo, como as técnicas de streaming, progressive downloading e adaptive streaming e é o que se tentará fazer a seguir de um modo muito breve e duma perspectiva de utilizador.

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Experimentalmente, o conceito de streaming significa que quando um utilizador clica no botão de reprodução numa página Web o vídeo começa a ser reproduzido imediatamente e continua de um modo, mais ou menos, consistente até ao fim. Para que aconteça desta forma o ritmo de transmissão do ficheiro codificado deve ser menor do que a capacidade da largura de banda do cliente, de outro modo o vídeo sofreria paragens durante a reprodução.
Quando se fala em progressive download, tecnicamente, refere-se a vídeo disponibilizado por servidores de Internet HTTP regulares, e tipicamente os vídeos transmitidos com esta técnica recorrem a armazenamento no disco do utilizador à medida que é recebido e depois é reproduzido a partir dele. Isto não acontece no streaming que utiliza servidores específicos de streaming e não faz armazena-mento local dos dados. Mas as parecenças não ficam por aqui, a experiência é muito semelhante no sentido em que os vídeos começam também a ser reproduzidos quando se pressiona o play e continua de forma consistente, mas o progressive download permite que que a codificação possa ser feita num a um ritmo mais elevado. Note-se que a razão de alguns serviços só serem servidos sobre streaming pode estar relacionada com uma questão de segurança, porque como não há armazenamento em disco torna-se muito mais difícil copiar o conteúdo.

As tecnologias de Adpative Streaming são utilizadas na codificação de múltiplos streams de emissões ao vivo ou VoD (Video on-Demand) e adaptam o ritmo de transmissão às condições da ligação com cada cliente final, como a velocidade da ligação e a capacidade de processamento. Estas serão as mais abordadas ao longo deste trabalho.
Primeiro optou-se por apresentar várias tecnologias que ao longo dos anos foram utilizadas na difusão de vídeos através da Internet de modo a perceber-se que o live streaming hoje e usa tecnologias que resultaram de um conjunto de métodos diversificados. Os aspectos técnicos são apresentados logo de seguida com especial foco nas arquitecturas de rede, nos protocolos e nos codecs. Os modelos de negócio também são abordados e consequente-mente as questões legais e sociais que podem derivar deste tipo de transmissões, as perspectivas de futuro surgem como o culminar destas tecnologias e revelam as potencialidades que ainda não foram exploradas.




Desenvolvido por:

André Marques, e-mail: andre.c.marques@ist.utl.pt
Raquel Bettencourt, e-mail: raquel.bettencourt@ist.utl.pt
Joana Falcão, e-mail: joana.falcao@ist.utl.pt

Para efectuar o download do ficheiro com a artigo de divulgação, clique aqui.

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