Opus





Arquitetura




Apresenta-se na seguinte figura um diagrama de blocos simplificado do funcionamento do Opus .

Clicar na imagem.


À entrada do sistema encontra-se um filtro passa alto com uma frequência de corte de 50Hz e cuja função é remover as componentes mais baixas do espectro que contêm ruído de fundo. No entanto, para aplicações que envolvam música, torna-se ainda necessário adicionar um detetor que permita reduzir o valor da frequência de corte de forma a não degradar o sinal de entrada.

Seguidamente, e dependendo do modo de funcionamento, o sinal filtrado é transmitido aos codificadores SILK e/ou CELT. Nos modos SILK e híbrido, o sinal sofre uma conversão no ritmo de amostragem para que seja compatível com o funcionamento interno do codificador SILK . Neste último modo, é ainda necessário a introdução de um atraso à entrada do codificador CELT por motivos de sincronismo.

Após esta etapa, o sinal resultante é enviado para um codificador entrópico, algoritmo que se baseia na codificação aritmética (range encoding), para posterior transmissão. É importante assinalar que o fluxo de bits decorrente desta operação obedece a uma estrutura definida pela norma RFC 6716 de forma a assegurar a interoperabilidade entre sistemas provenientes de diferentes fabricantes.

No lado da receção, segue-se um conjunto de ope-rações inversas às anteriormente descritas que permitem obter um sinal de áudio que se assemelha ao original, sendo esta relação tanto mais próxima quanto maior for a largura de banda definida. Mais uma vez, por motivos de interoperabilidade, existe um módulo à saída do descodificador CELT responsável pela redução do ritmo de amostragem para um suportado pelo hardware de áudio à saída.

Ainda neste seguimento, é importante referir que apenas o descodificador é normativo, existindo, assim, liberdade para se realizar modificações na implementação do codificador, facto este que potencia o desenvolvimento e competitividade tecnológica.