O Futuro
Faz todo o sentido que o mundo do vídeo digital passe do 2D para o 3D apresentado a realidade tal como ela é. Existem já grandes empresas a investigar e a aprofundar esta nova tecnologia. Ainda em Abril deste ano, a Google patenteou uma aplicação que estava preparada para trabalhar com um dispositivo, usualmente será um computador, que
tem duas câmaras em vez de uma, que hoje se verifica na maior parte computadores portáteis.
A Google deu um exemplo, que consistia em considerar um portátil com duas câmaras que poderia ser usado por um ou por dois utilizadores ao mesmo tempo. Se apenas um dos utilizadores realizasse uma vídeo chamada, as duas câmaras criariam uma imagem estereoscópica (Figura.5) que daria uma ideia de profundidade, exactamente a ideia que o 3D pretende transmitir.
No entanto, o mesmo portátil poderia ser utilizado por um segundo utilizador que quisesse participar na mesma vídeo chamada e estivesse no mesmo local em que o primeiro se encontraria, alterando o seu modo para multi-imagem (ver Figura.5) obtendo assim duas imagens distintas que seriam, simultaneamente, usadas na mesma vídeo chamada. Isto seria tanto aplicável num portátil, como num tablet ou num smartphone ou num PDA ou qualquer outro dispositivo capaz de suportar esta tecnologia.
Outro exemplo de videoconferência em 3D é dado por uma nova tecnologia criada pelos investigadores do Human Media Lab da Universidade de Queens do Canadá. Esta tecnologia, que foi batizada como TeleHuman, consiste num display cilíndrico do tamanho de uma pessoa com 6 sensores Kinects (tecnologia da Microsoft) montados no cimo do display e que permitem a exploração da imagem em 360º e a interação com a imagem, podendo, por
exemplo, “lapidar” o corpo humano retirando camadas de pele. Esta tecnologia parece futurística, mas os responsáveis pela ideia dizem que esta pode ser integrada na tecnologia já existente.
No entanto, esta ideia não é nova, existe mesmo uma empresa de Londres, a Musion, que é especialista em projecções holográficas 3D e explora todas as aplicações desta tecnologia. Um dos seus mais bem sucedidos projectos é o reaparecimento do falecido cantor, Tupac (ver filme), através de ilusões holgráficas 3D. O produto que a Musion oferece com este tipo de serviço, tem o apropriado nome de Ressurreição Digital. No campo da vídeo chamada a Musion
oferece, também, o já conhecido serviço de telepresença. Esta tecnologia foi desenvolvida em parceira com a Cisco e foi primeiramente testada numa videoconferência entre o presidente da Cisco e uma audiência de 250 pessoas em San Jose, Estados Unidos.
Como é óbvio, o custo deste serviço não está disponível para todas as carteiras, mas foi esse mesmo facto que levou o Professor Roel Vertegaal, director do Human Media Lab, a concretizar o seu projecto de imagens holográficas 3D, provando, assim, que o custo deste tipo de tecnologia pode ser reduzido com o aproveitamento de tecnologias já existentes, nomeadamente o sensores kinect. Obviamente, e apesar de ser o futuro, continua a não ser um tecnologia barata.