Impacto

Sem dúvida que o desenvolvimento de tecnologias de vídeoconferência, teve um grande impacto na sociedade a muitos níveis. É isso que queremos, aqui, explorar um pouco, perceber o que é que mudou no mundo empresarial, na educação, na medicina ou mesmo a nível pessoal e legal.

Impacto Empresarial

A vídeoconferência veio abrir portas à redução de custos das empresas, pois agora é possível evitar deslocamentos desnessários, o que resulta numa poupança de tempo e dinheiro. É uma ferramenta muito útil neste tipo de mercado, quando aparecem assuntos urgentes, estes podem ser facilmente resolvidos à distância de uma clique, sem ter de deixar o local de trabalho. Outra utilidade, é a de os empregados poderem estar sempre disponíveis para uma reunião, mesmo que estejam em casa. Existem soluções no mercado (como as da Polycom e a da Cisco) que oferecem sistemas muito seguros e de alta-qualidade, para as reuniões mais importantes (a maior parte das grandes empresas possui uma sala de vídeoconferência, nos seus escritórios, com estes sistemas instalados). Permitindo aos participantes trocarem ficheiros e aplicações, ou mostrá-los no ecrã, para que mais se asseme-lhe a uma reunião “cara-a-cara”. Outra função, é a de gravação das vídeoconferências, o que permite uma análise a posteriori. Contudo, uma grande parte dos empregados diz não preferir a videoconferência, pelo facto de estarem a ser filmados (isso fá-los sentir pressionados e anciosos).

Impacto Legal

Em Portugal, as pessoas podem ser ouvidas em tribunal através da videoconferência, quando há a impossibilidade de se deslocarem ou mesmo por questões psicológicas. Tanto testemunhas, como peritos ou partes, podem ser ouvidos por este meio, sendo que devem ser ouvidos na sua residência. Mas, no caso de se tratarem de testemunhas como o Presidente da república ou agentes diplomáticos estrangeiros (que também dêem a mesma regalia aos representantes portugueses), estes devem ser ouvidos na sede dos respectivos serviços.

Impacto na Educação

Na edução, dá oportunidade aos alunos de assistirem ás aulas sem se deslocarem até à Universidade (muito útil para estudantes que sofrem de problemas de saúde), fazendo chegar estas aulas aos sítios mais remotos do mundo. Algumas vantagens da videoconferência da educação são:
• permite convidar, com mais facilidade, (para a aula) professores de outras instituições, não exigindo o transtorno da deslocação;
• para faculdades com diferentes campus (como é o caso do IST, apesar de a distância ser pouca, e de haver o famoso Shuttle), torna-se possível a colaboração/partilha de professores;
• para quem está a desenvolver projectos, tem a facilidade de poder contactar regularmente com os colegas de outras instiuições, sem perder tempo;
• ou mesmo para os alunos, torna-se num meio de contactar com outras culturas, de assistir a aulas de outras Universidades, noutros países.

Impacto na Medicina

A Medicina, é outras das grandes áreas que veio benificiar muito da videoconferência, exemplo disso é a Operação de Lindbergh de que falámos em Vídeo Conferência. Em Portugal, a utilização de videoconferência na Medicina deu-se, com mais visibilidade, a partir de 1994, com o patrocínio do Ministério da Saúde e da Portugal Telecom. Veio permitir a transmissão de imagens médicas (radiografias, ressonâncias magnéticas, tomografias, etc), entre colegas, por forma a facilitar os diagnósticos dos pacientes. Agora, podem discutir casos complicados com toda a informação ao seu dispôr, sem ter de haver o tal problema da perda de tempo e dinheiro em deslocações (evita-se também a transferência de pacientes para outros hospitais). Para além de já ser possível operar á distância num paciente (o que não é muito fiável, em operações muito complicadas), há também a vantagem de médicos mais experientes poderem ajudar, em operações complicadas, outros cirurgiões, explicando, através da videoconferência, o procedimento em questão.



Impacto na vida pessoal

Com o, relativamente, baixo custo da Internet de alta-velocidade e das webcams, a videoconferência é uma ferramenta já acessível à comunidade em geral. De uma forma geral, a maior parte das pessoas já usou o Skype para efectuar um pequena videoconferência (e aqui é mais uma videochamada) com o pai, com a prima ou com o irmão, que trabalha/vive noutro país. É, agora, mais fácil manter o contacto com aqueles que nos são mais próximos, sem ter de deixar de os ver por longos períodos de tempo. Quem sabe, até pode ser possível ir a um jantar de família mesmo estando a milhares de quilómetros de distância. Por outro lado, torna-se mais fácil trabalhar sem ter de sair de casa (nos empregos que assim o permitem), como é o caso dos dias que estamos doentes ou não temos meio de transporte. Contudo, a videoconferência, ainda não atingiu a dimensão que poderia ter atingido, uma vez que (como já foi referido anteriormente) as pessoas continuam bastante conscienciosas no que diz respeito a serem filmadas.