Enquadramento Histórico

Em 1838, Sir Charles Wheatstone é o primeiro a definir estereoscopia, que consiste na técnica que permite ao ser humano, com visão binocular, visualizar uma imagem com características tridimensionais. Até ao início do século XX, o estereoscópio perdeu o interesse do público com o aparecimento do cinema. No entanto, nesta altura, os irmãos Lumière surgem com os primeiros filmes 3D. É apenas na década de 50 que Hollywood aposta nesta tecnologia para contrariar o impacto das primeiras emissões televisivas nas suas audiências, dando origem à primeira era de “ouro” do cinema 3D. Nesta altura há também registo das primeiras experiências com a emissão de televisão 3D nos EUA, em 1953. Apenas na década de 80 ressurge o interesse pelo 3D, sendo que ao nível da televisão ocorreu a primeira emissão pontual de um programa de televisão “não-experimental” [1]. Surge também nesta altura o primeiro sistema 3D IMAX que constituiu um importante passo na melhoria da qualidade dos filmes 3D. Ainda assim, as salas com este sistema não estavam disponíveis para a maior parte do público e a popularidade do 3D entrou em declínio. Com a chegada do século XXI e a transição para a televisão digital iniciada ainda na década de 90, iniciou-se uma nova era de interesse na Televisão 3D. Um bom exemplo deste facto é o desenvolvimento de uma tecnologia de compressão para vídeo estereoscópico, incluída na muito popular norma MPEG-2, denominada MVP (“Multiview Profile”) [1]. Já por volta do início da década de 2010 surgem finalmente os primeiros sistemas de Televisão 3D comercializados para o grande público, bem como os primeiros canais a emitir conteúdos em 3D.

Video 1 – História da Tecnologia 3D.