Introdução

A Televisão 3D é, como o nome indica, uma televisão que permite a visualização de conteúdo a três dimensões. Difere da televisão convencional por introduzir a sensação de profundidade na imagem, o que permite obter uma perspetiva mais perto da realidade visual humana. A reprodução de imagens tridimensionais é alvo de interesse desde meados do século XIX, mas só por volta de 2010 se regista a chegada da primeira geração de Televisão 3D para consumo no quotidiano. Neste artigo, começa-se por descrever a evolução do 3D neste período. A evolução desta tecnologia está por um lado relacionada com os avanços científicos na área da compreensão do sistema visual humano e dos mecanismos sensíveis à sua perceção de profundidade. Por outro lado, está também diretamente relacionada com o avanço na área das tecnologias de aquisição, codificação e transmissão de vídeo e imagem. Faz-se neste artigo uma descrição destes mecanismos, enquanto módulos integrantes de uma arquitetura típica de um sistema 3D. Contudo, a Televisão 3D está ainda longe de se tornar um bem de consumo em massa. Existem fatores críticos que justificam este facto, desde a falta de conteúdos 3D atualmente existente até à baixa qualidade, fruto do elevado custo associado, de algumas técnicas de aquisição e display de vídeo que levam a um impacto direto na saúde ocular dos espetadores. Neste artigo apontam-se alguns dos problemas existentes nas atuais tecnologias de Televisão 3D, bem como como algumas das tecnologias que concorrem diretamente com a sua popularidade.