Home page
|
Introdução
|
Motivação
| Evolução |
Tecnologia |
Aplicações |
Mercado
|
Impacto Social |
Futuro |
![]() |
Para ser possível a implementação da televisão interactiva, é necessário que os clientes possuam a set-top box indicada, com a plataforma DVB-MHP (Multimédia Home Platform). Esta plataforma representa uma base para a evolução da tecnologia na direcção da interactividade, exigindo que as set-top boxes possuam um canal de retorno adicional (“return path”).
Uma set-top box é um aparelho que transforma um sinal proveniente de uma fonte externa num sinal que possa ser apresentado no ecrã de televisão. O sinal pode vir por um cabo ethernet, linha telefónica ou antena VHF ou UHF. No caso de uma rede de IPTV, a set-top box é um computador que comunica com uma rede de IP e descodifica o stream de vídeo. Para a televisão interactiva, é necessário que a set-top box seja digital, para que seja possível a recepção de emissões digitais por parte dos televisores sem sintonizador específico para esta recepção. Em Portugal, a TV Cabo foi pioneira no campo da televisão interactiva com a smartbox que desenvolveu juntamente com a ©Microsoft PT e a ©Novabase, que é considerada o “alicerce” da televisão interactiva em Portugal. Hoje em dia, tanto a ©MEO como a ©ZON Multimédia (antiga TV Cabo) disponibilizam aos seus assinantes boxes com funcionalidades interactivas, via IPTV (no caso da MEO) ou via cabo ou satélite (no caso da ZON). Figura 6: MEO BOX (fonte: meo) Figura 7: ZON BOX (fonte: ZON Multimedia)
Esta plataforma é uma norma do sistema DVB (Digital Video Broadcasting), criada com o objectivo de ligar a televisão digital à Internet, para se obter televisão interactiva de alta resolução. A MHP pode ser aplicada através de cabo, fibra óptica ou até mesmo via satélite, recorrendo a uma set-top box para fazer a ligação com o televisor. O facto de ser um sistema de middleware aberto permite interoperabilidade, levando a que os produtores de aparelhos de televisão não tenham de criar produtos específicos para cada canal ou para cada operador. O ambiente de execução da televisão interactiva especificado pela MHP é baseado na especificação de APIs (Application Programming Interfaces), que fornecem acesso às funcionalidades e recursos interactivos. As aplicações de interoperabilidade da MHP correm sobre essas APIs, como representado na figura 8. O hardware consiste na CPU (Unidade Central de Processamento), num descodificador de MPEG-2 e num controlo remoto, enquanto o software engloba o sistema operativo e os drivers. Figura 8: Camadas da arquitectura da MHP
As normas MPEG consistem em padrões de compressão utilizados em vídeo e em áudio. Cada norma especifica formatos distintos de compressão. No caso da televisão interactiva digital, é importante referir duas normas, MPEG-2 e MPEG-21, cada uma com uma contribuição diferente para esta tecnologia. MPEG-2MPEG-2 é a base de toda a televisão digital. Faz a combinação de um ou mais streams de vídeo e de áudio, bem como de outros dados, originando outros streams que sejam apropriados para armazenamento ou transmissão. Entre outras vantagens, esta norma possibilita a funcionalidade de alteração do ângulo de visão do utilizador na televisão interactiva. MPEG-21 MPEG-21 é uma framework aberta que possibilita a interoperabilidade. Esta norma promove a igualdade de oportunidades entre criadores de conteúdo, produtores, distribuidores e fornecedores de serviços, criando um mercado livre. Desta forma, o utilizador tem a vantagem de ter acesso a uma maior variedade de conteúdos. MPEG-21 é caracterizado pelo seu conteúdo, distribuído ou transaccionado e pela interacção dos seus utilizadores. Com esta tecnologia, o utilizador tem a possibilidade de trocar, aceder, consumir e manipular itens digitais, de uma fora eficiente e transparente.
Para ser possível alterar a maneira de ver um programa ou de devolver informação ao emissor, um utilizador necessita de um backchannel ou return path, que pode ser via telefone, cabo, rádio ou ADSL. No caso da ligação por cabo, o canal de retorno é incorporado no cabo pelo qual é enviada a emissão de televisão. Já na ligação via satélite, os utilizadores enviam a informação através das linhas telefónicas. Mais recentemente, passou a tornar-se mais comum utilizar-se uma ligação IP de banda larga como caminho de retorno, recorrendo a receptores híbridos ou a partir do canal de IP (o que deu origem à IPTV). Isto levou a um aumento da fama da televisão interactiva, pois deu origem à interacção com servidores de video-on-demand, publicidade e operadores de websites. Interactividade com canal de retorno não-dedicadoNeste tipo de interactividade, a recepção dos dados é feita pelo ar, mas o reenvio é feito por um canal externo ao sistema de televisão, como por exemplo uma linha telefónica. Interactividade com canal de retorno dedicadoCom o desenvolvimento das redes de banda larga, tornou-se possível criar um canal próprio para retorno, tendo, por isso, os utilizadores que possuir uma antena receptora e emissora. Além disso, os sistemas têm de ter capacidade de levar o sinal até à central de transmissão.
Através da modulação e compressão digital de vídeo, áudio e dados, existe a possibilidade de transmitir e receber imagens com muito mais qualidade que na televisão analógica. Mais concretamente, permite transmissões até 19Mbit/s, que abrange um programa em alta definição (consome cerca de 15Mbit/s) ou de 4 programas em definição padrão (consomem cerca de 4Mbit/s cada). Além disso, como proporciona maior largura de banda, possibilita a existência de mais canais. Outra das vantagens da televisão digital é o chamado efeito de home-theater, resultante do aumento do ecrã do televisor, passando do formato 4:3 para 16:9, e de uma melhoria da qualidade de som, com os 16 canais fornecidos pela televisão digital. Além disso, com a introdução de sinais codificados de início e de fim dos programas, fica facilitado o accionamento de gravações digitais. | ||||||